Os fatores que desencadearam crises de pânico em Sandy
Durante sua participação no podcast Quem Pode, Pod, a cantora falou sobre as crises de pânico: “Fiquei apavorada"
A cantora Sandy foi a convidada recente do podcast Quem Pode, Pod, apresentado por Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank.
Durante o episódio, ela falou sobre as suas experiências pessoais e os obstáculos que enfrentou em sua carreira, incluindo como lidou com suas crises de pânico.
Cantora teve crises de pânico antes de voltar aos palcos
Sandy afirmou que acabou sendo “muito estigmatizada” durante sua adolescência. Ela desabafou que até sua sexualidade era questionada em público e que a fama de “santa” a incomodava.
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“Eu era muito vigiada, muito cobrada, muito especulada, muito estigmatizada. Quando tinha 14 anos, alguém me fez essa pergunta: ‘Você pensa em casar virgem?’ e [a pergunta] não estava nem elaborada na minha cabeça”, afirmou.
A artista também relembrou que, depois de ter virado mãe, a volta aos palcos foi um momento de grande insegurança, o que acabou desencadeando as crises: “Fiquei apavorada, não sabia se saberia ser artista de novo. Tive crises de pânico, várias! Tinha dia que eu ficava chorando e falando: ‘eu não vou conseguir outro ensaio, não vou conseguir outro ensaio… não consigo fazer isso.”
“Eu não sabia se eu dava conta do tamanho, dessa visibilidade, dessas atenções muito voltadas para nós, eu não sabia se eu queria aquilo, era muita responsabilidade. E também porque os shows tinham duas horas e pouco [de duração], eu tinha que cantar, dançar, trocar de roupa, ser artista pop de novo, do nada, virar essa ficha. Eu não sabia se eu sabia fazer isso de novo, eu estava com medo, de verdade”, desabafou Sandy.
Em seguida, Sandy disse que seu ritmo mudou totalmente com a chegada do filho, Theo, hoje com 9 anos: “Tive que puxar o freio.”
“Desde que fui mãe, eu passei a trabalhar muito menos. Eu adquiri outro ritmo. O meu ritmo já era mais lento desde quando comecei a carreira solo. (…) Tem um bando de coisa que agora eu posso escolher e eu não quero mais. Agora eu me sinto muito mais livre para percorrer um caminho só meu e posso traçar do jeito que eu quiser”, pontuou.
Como identificar uma crise de pânico?
O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento.
O gatilho que dispara essa resposta exacerbada ocorre na região central do cérebro, que é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina. Esse hormônio faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de uma situação de perigo.
Mesmo sem um perigo real, o cérebro pode disparar esse alarme fazendo com que o medo intenso assuma o controle do corpo.
Em que situação pode ocorrer?
Um ataque de pânico tende a ocorrer em casos de ansiedade severa. Pode acontecer diante de algum gatilho conhecido, como exposição a uma situação traumática ou a algo que cause medo, mas também pode ocorrer de maneira inesperada, sem uma causa óbvia.
Há pessoas que sentem a crise de pânico durante ou ao final de um período muito estressante, como em crises financeiras, brigas, separações.
Alguns dos sintomas podem incluir:
- Falta de ar e respiração ofegante;
- Palpitação;
- Suor;
- Tontura;
- Formigamento nos dedos;
- Tremores;
- Sensação de estar fora do corpo;
- Medo de morrer;
- Náuseas.
Como lidar com a crise?
Diante da iminência de uma crise de pânico, algo muito simples pode ajudar: a respiração. A ideia é tirar o foco para os sintomas que estão aparecendo no corpo e respirar lenta e profundamente.
Parece bobo, mas não é. Nossa respiração é um calmante natural e pode ajudar numa leve sensação de relaxamento. Nesse momento de grande ansiedade, procure respirar estufando o abdômen, fazendo com que o ar passe pelo diafragma em um ritmo ideal de sua respiração.
Enquanto respira, tente identificar 5 coisas que você pode ver, 4 coisas que pode tocar, 3 coisas que pode ouvir, 2 coisas que pode cheirar, 1 coisa que pode sentir o gosto. Isso ajudará a tirar o foco da situação estressante.
É claro que, como toda doença, o transtorno de pânico também exige acompanhamento médico e tratamento, que pode incluir medicamentos e psicoterapia.