Os riscos da harmonização facial realizada pela cantora Joelma

Procedimento minimamente invasivo tem se popularizado, mas pode haver complicações

08/03/2019 10:05 / Atualizado em 09/04/2019 09:57

Antes e depois da cantora Joelma após as injeções estéticas
Antes e depois da cantora Joelma após as injeções estéticas - reprodução/Instagram

A cantora Joelma apareceu com os traços diferentes depois de fazer harmonização facial, um procedimento estético que injeta uma substância em pontos estratégicos do rosto. A foto com o resultado foi publicada nas redes sociais do cirurgião dentista Igor Alves, responsável pela intervenção.

Na legenda da foto, ele informa que foi realizado preenchimento tanto no rosto, quanto nos lábios da cantora.

A substância utilizada nesse tipo de procedimento é o ácido hialurônico, que serve para aumentar o volume dos lábios, preencher sulcos e rugas, modelar o nariz e sustentar a pele, podendo inclusive mudar o contorno facial.

Riscos da harmonização facial

O ativo é naturalmente produzido pelo nosso corpo, portanto, não provoca reações alérgicas ao ser injetado na pele. Mas, como em qualquer outro procedimento, há riscos. O mais sério é a possibilidade do profissional atingir artérias na aplicação ou colocar o produto dentro de alguma veia. Nesses casos, pode haver necrose (morte de tecidos) e obstrução de vaso, impedindo a circulação de sangue.

Embora rara, outra complicação das injeções estéticas é a possibilidade de cegueira.  Um estudo publicado no periódico The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology mostrou que até hoje apenas cerca de 50 casos de perda de visão relacionados ao procedimento foram relatados. A maioria após aplicações da substância no nariz. Isso pode acontecer porque essa é uma região bastante vascularizada e essas veias estão em continuidade com as localizadas atrás da retina do olho.

“O importante é sempre procurar um profissional qualificado e seguir as orientações dele, principalmente fazer uma assepsia adequada da região”, orienta a dermatologista Kaliandra Cainelli, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O preenchimento é contraindicado para mulheres grávidas e lactantes e pacientes em tratamento contra o câncer. Pessoas com qualquer infecção no rosto, como herpes, por exemplo, também não devem ser submetidas ao preenchimento labial, segundo a dermatologista.

O resultado não é definitivo, pode durar de 1 a 2 anos e o valor pode variar bastante de acordo com a região, quantidade de produto a ser aplicada e profissional.