Os sinais silenciosos de câncer de glândulas salivares
Saiba mais sobre o câncer de glândulas salivares: sinais, prevalência e fatores de risco
Segundo a American Cancer Society, células malignas (câncer) se desenvolvem nos tecidos das glândulas salivares, resultando no câncer de glândulas salivares. Os sinais dessa doença grave podem incluir a presença de um nódulo ou dificuldade para engolir.
Essa condição é considerada rara, representando aproximadamente de 0,3% a 1% de todos os tumores malignos. Além disso, é mais prevalente em homens do que em mulheres, sendo a exposição a certos tipos de radiação um dos fatores de risco associados a essa doença preocupante.
Para que serve as glândulas salivares?
As glândulas salivares desempenham uma função crucial no sistema digestivo e imunológico. Elas são responsáveis pela produção e secreção de saliva, que tem diversas funções, tais como lubrificar a boca e a garganta, iniciar o processo de digestão dos alimentos por meio de enzimas, e conter anticorpos e outras substâncias que auxiliam na prevenção de infecções na boca e garganta.
Existem três pares de glândulas salivares principais que desempenham essas importantes funções:
Glândulas parótidas: localizadas na frente e abaixo de cada orelha, são as maiores glândulas salivares. A maioria dos tumores das glândulas salivares tem origem nessa região.
Glândulas sublinguais: encontradas abaixo da língua, no assoalho da boca.
Glândulas submandibulares: localizadas abaixo do osso maxilar.
Como acontece o diagnóstico do câncer de glândulas salivares?
Os médicos utilizam testes que examinam a cabeça, o pescoço e o interior da boca para realizar o diagnóstico do câncer de glândulas salivares. Além disso, podem ser solicitados exames por imagem para avaliar a extensão e a natureza da lesão.
Em alguns casos, é realizada uma biópsia ou punção aspirativa por agulha fina (PAAF) para determinar se a lesão é benigna ou maligna. Esses procedimentos são essenciais para obter informações precisas sobre o tipo e estágio do câncer de glândulas salivares, auxiliando no planejamento do tratamento adequado.
Como é feito o tratamento?
A equipe multidisciplinar do A.C. Camargo define o tratamento para o câncer de glândulas salivares levando em consideração todas as informações do paciente.
O tratamento pode envolver diversas equipes, como Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Oncologia Clínica, Radioterapia, Fisioterapia, Nutrição, Psico-oncologia, Serviço Social, entre outras, dependendo do caso. Essa abordagem integrada visa garantir um cuidado completo e personalizado, atendendo às necessidades específicas de cada indivíduo afetado pelo câncer de glândulas salivares.
Os sinais de câncer de glândulas salivares
- Presença de um nódulo ou inchaço na boca, bochecha, mandíbula ou pescoço
- Dor persistente na boca, bochecha, mandíbula, orelha ou pescoço
- Observação de diferenças recentes no tamanho ou formato dos lados esquerdo e direito do rosto ou pescoço
- Sensação de dormência em uma parte do rosto
- Fraqueza nos músculos de um lado do rosto
- Dificuldade em abrir a boca amplamente
- Dificuldade para engolir
- É importante ressaltar que muitos desses sinais e sintomas também podem ser causados por tumores benignos das glândulas salivares ou por outras condições. No entanto, se você estiver enfrentando algum desses problemas, é fundamental consultar um médico para que a causa seja investigada e tratada, se necessário.
Fatores que aumentam o risco de câncer de glândulas salivares
- Idade: o risco tende a aumentar com o avanço da idade.
- Exposição à radiação: a realização de tratamentos de radiação na região da cabeça e pescoço por motivos médicos aumenta a probabilidade de desenvolver câncer nas glândulas salivares.
- Exposição crônica ao pó de serra: especialmente em setores industriais relacionados à madeira, essa exposição contínua aumenta o risco.
- Tabagismo: fumar cigarros tem sido associado a um maior risco de desenvolver tumor de Warthin, que é um tipo benigno de câncer das glândulas salivares. No entanto, não está associado a outros tipos de câncer de glândulas salivares.
- Infecção crônica pelo vírus Epstein-Barr: a presença contínua do vírus Epstein-Barr no organismo pode aumentar o risco de desenvolver câncer de glândulas salivares. Além disso, pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) também apresentam um maior risco de desenvolver essa doença.