Os sintomas de câncer no testículo que muitas vezes são ignorados
Apesar de raro, o câncer no testículo preocupa porque a maior incidência é em homens em idade produtiva, entre 15 e 50 anos
No Brasil, o câncer de testículo, embora não seja o mais comum entre os homens, é uma preocupação crescente. Ainda mais porque a doença pode se desenvolver silenciosamente ou até mesmo ser confundida com orquiepididimites, uma inflamação dos testículos e dos epidídimos (canais localizados atrás dos testículos e que coletam e carregam o esperma).
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) informa que esses tumores representam cerca de 5% do total de neoplasias malignas que acometem a população masculina.
A doença tem maior incidência entre os 15 e 50 anos – a fase reprodutiva do homem – e, em sua maioria, afeta apenas um dos testículos. Os testículos são órgãos cruciais para a reprodução masculina, produzindo os hormônios masculinos (andrógenos) e o esperma.
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Entre os tipos de tumores que costumam se manifestar estão o Seminoma e o Não seminoma, tipos advindos de uma disfunção no crescimento das células germinativas, que dão origem aos espermatozoides. Além destes, os tumores de estroma, mais raros, representando apenas 2% a 3% dos casos.
Fatores de risco da doença
Um dos fatores de risco é a genética. Quem tem casos desse tipo de câncer na família, é importante ficar atento e fazer exames regulares.
Além da hereditariedade, outros fatores, como a puberdade precoce e a criptorquidia (quando os testículos não descem naturalmente para a bolsa escrotal), podem aumentar o risco. Outro fator de risco destacado pelo INCA é a exposição a agrotóxicos.
Quais os sintomas do câncer de testículo?
Em estágios iniciais, o câncer de testículo pode não causar sintomas óbvios. Um sinal silencioso, que pode confundir ou até mesmo acabar sendo negligenciado, é a sensação de peso nos testículos.
O aparecimento de um nódulo pequeno, duro e indolor é o primeiro sinal de alerta. Outros sintomas podem incluir:
- mudanças no tamanho ou forma dos testículos;
- dor difusa na parte baixa do abdômen;
- presença de sangue na urina;
- sensibilidade nos mamilos;
- dor ou desconforto persistente no testículo ou no escroto;
- acúmulo de líquido no escroto (hidrocele).
Como ocorre o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico é feito, geralmente, por um urologista, que através da história clínica e do exame físico pode identificar uma nodulação palpável no testículo.
Também é recomendada a realização de um ultrassom da bolsa escrotal. O tratamento varia de acordo com o estágio do tumor e de fatores individuais do paciente (idade, saúde geral, preferências), podendo incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou mesmo uso de agentes quimioterápicos em doses elevadas, associado a um transplante de células-tronco.
Atenção às mudanças no corpo e exames médicos regulares são fundamentais para o diagnóstico precoce. Conhecer seu corpo e estar ciente dos sinais pode salvar sua vida. Procure um médico caso perceba qualquer alteração.