Os sintomas silenciosos do câncer raro que pode atingir a vulva
Veja os sintomas e os riscos associados ao câncer na vulva, uma doença ginecológica silenciosa e muitas vezes ignorada
O câncer da vulva é um tema pouco discutido, muito devido a sua baixa incidência na população. Ele representa apenas 5% dos cânceres ginecológicos.
Contudo, a atenção a seus sintomas é fundamental para um diagnóstico precoce, o que pode ser um desafio, já que muitas pacientes procuram auxílio médico tardiamente.
Quem está em risco de desenvolver câncer da vulva?
Este tipo de câncer está geralmente associado a infecções por papilomavírus humano (HPV) ou por uma condição denominada líquen escleroso.
Embora os casos sejam mais comuns entre pessoas idosas, o aumento de infecções por HPV entre mulheres mais jovens mostra que todas as pessoas com vulvas devem ter acesso à informação e estar conscientes dos riscos.
Tipos de tumores que acometem a região vulvar
Diversos tipos de tumores que podem atingir a região vulvar. O carcinoma epidermoide é o mais frequente. Adenocarcinomas ou carcinomas ligados às glândulas de Bartholin podem ser encontrados com menos frequência.
Outro tipo que acomete essa região são os melanomas de mucosa vaginal, que representam cerca de 10% dos tumores vulvares e são bastante agressivos.
Melanoma vulvar
A maioria dos melanomas se desenvolve na pele exposta ao sol. No entanto, essas células de melanoma também podem surgir em áreas não expostas ao sol, como órgãos, tecidos e mucosas, porque essas regiões também possuem melanócitos, responsáveis pela produção de melanina.
O melanoma vulvar pode afetar mulheres de qualquer idade, mas é mais comum após a menopausa. A região mais afetada é a parte interna dos pequenos e grandes lábios e o clitóris.
Sintomas silenciosos do câncer de vulva
Os sintomas iniciais do melanoma vulvar podem acabar sendo confundidos com outras condições, como candidíase ou infecções bacterianas, o que pode tornar o diagnóstico um desafio.
As lesões podem ser pigmentadas, podendo sangrar ou coçar e não cicatrizam como normalmente ocorre.
Também podem se apresentar como lesões embranquecidas, apesar de serem menos frequentes. O surgimento de líquen escleroso, um tipo de dermatose inflamatória, também é um sinal de alerta.
O aconselhável é procurar um especialista se esses sintomas persistirem.
Tratamento do melanoma vulvar
A principal opção de tratamento para o melanoma vulvar é a cirurgia, onde o cirurgião remove a área afetada e uma margem de tecido saudável ao redor.
Se houver células cancerosas nas margens, uma nova cirurgia é indicada, bem como a remoção dos gânglios linfáticos da virilha.
Para pacientes com doença avançada, imunoterapia, quimioterapia e radioterapia podem acabar sendo realizadas dependendo da avaliação do oncologista.
A prevenção e o diagnóstico precoce são muito importantes na luta contra qualquer tipo de câncer. Por isso, é fundamental ter atenção aos sinais que o corpo apresenta e procurar auxílio médico para a realização de exames de rotina.