Padre Fábio de Melo fala do ano mais difícil de sua vida e doença

O Padre Fábio de Melo tem um diálogo aberto com seus seguidores, inclusive sobre sua vida pessoal e familiar. O religioso, que já havia falado abertamente sobre a síndrome do pânico (como você pode ler aqui), disse que 2017 foi um dos anos mais difíceis de sua vida.

Hoje, 29, ele relembrou um momento delicado quando, em 2016, sua irmã Aparecida Vitória da Silva, morreu aos 59 anos.

“Não conseguia sair da porta pra fora”, disse em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, conforme publicou o jornalista Tiago Boff em seu Twitter.

“Foi uma explosão de coisas muito desagradáveis. Começou em 30 de setembro de 2016, a minha irmã se matou, foi um momento muito difícil”, revelou.

Ele lembrou também da luta contra a síndrome do pânico, com uma crise grave em julho deste ano: “Fiquei praticamente 15 dias trancado dentro de casa, sem condições de sair na porta”.

Padre Fábio concluiu o balanço de 2017 dizendo que foi um dos anos mais difíceis de sua vida, mas valeu a pena: “Me sinto muito mais inteiro, mais consciente, lúcido. A gente fica melhor quando abandona as ilusões, fica mais real”.

Sobre o fato de ser um religioso poder ajudar a lidar melhor com as perdas e frustrações, ele respondeu: “Enfrento diariamente um processo de desconstrução da figura do padre, acho isso muito saudável. As pessoas acreditavam que o padre não tem problema, que não pode derramar uma lágrima. Eu nunca aceitei isso para mim, meu ministério me aproxima de um Cristo que sofreu com amigos, chorou a perda deles. Quanto mais humano eu sou, mais condições de me aproximar dessa divindade”, disse.

Você pode ouvir a entrevista completa aqui.

Síndrome do pânico: sintomas e causas

A síndrome do pânico é um de transtorno de ansiedade que pode desencadear crises de medo ou desespero de que algo ruim aconteça, ainda que não haja nenhum sinal de perigo real, segundo o psiquiatra Dr. Cyro Masci explica em matéria do Minha Vida, parceiro do Catraca Livre.

Além disso o problema também causa medo de ter medo ou novas crises, o que dificulta o dia a dia do paciente.

Suas causas ainda não foram determinadas pela ciência, mas acredita-se que alguns fatores podem desencadear o transtorno, como:

  • Genética
  • Estresse
  • Temperamento forte e suscetível ao estresse
  • Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.

Passar por experiências traumáticas, como aconteceu com Giovanna, também pode ser um gatilho para desenvolver a doença. Saiba mais.