Paralisia do sono: Entenda o que é e por que isso acontece

Paralisia do sono costuma ocorrer entre a adolescência e início da fase adulta, de acordo com os especialistas; saiba mais sobre o assunto

Paralisia do sono costuma ocorrer entre a adolescência e início da fase adulta, de acordo com os especialistas – iStock/Getty Images
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Paralisia do sono costuma ocorrer entre a adolescência e início da fase adulta, de acordo com os especialistas – iStock/Getty Images

Pesquisa recente divulgada pela revista norte-americana Sleep Medicine Review indica que, aproximadamente, 8% da população mundial, ou 640 milhões de pessoas, sofrem de paralisia do sono.

Segunda a literatura médica, a experiência acontece quando a mente desperta durante o sono, mas o corpo não. A condição desencadeia um evento em que a pessoa percebe que não consegue se mexer, ou não consegue abrir os olhos. Essa sensação, em geral, pode durar de 3 a 10 minutos.

O médico neurologista Bruno Funchal, do Hospital Santa Paula, explica que para entender como a paralisia do sono funciona é necessário conhecer primeiro os estágios do sono.

O sono, segundo especialistas, é composto por várias fases e nas transições entre estar dormindo e estar acordado a divisão não é muito clara.

“O que acontece na paralisia do sono é que a gente tem uma interrupção do comando motor do corpo e, então, as coisas passam pela cabeça, enquanto o corpo fica completamente atônito, com a musculatura totalmente relaxada. Ou seja, a consciência está presente, mas a ligação com o corpo ainda não voltou”, explica.

Condições da paralisia do sono

Ainda de acordo com o médico, esse distúrbio acontece durante a fase mais profunda do sono, o chamado REM (Rapid Eye Moviment, em português, movimento rápido dos olhos), e tende a ocorrer com mais frequência quando estamos muito cansados ou dormindo pouco, o que faz com que essa transição do sono para o estado de vigília não seja tão fluida e automática.

A paralisia do sono, explica o neurologista, também está bastante associada a pessoas que sofrem de narcolepsia, doença crônica que provoca sonolência excessiva diurna, fazendo com que a pessoa durma durante uma conversa ou até em pé. “Esse é o caso mais típico: paralisia do sono associada à narcolepsia, mas também acontece em outras situações. Às vezes, pode acontecer sem algum desencadeante, então, qualquer pessoa pode ter”.

Além disso, fatores externos como o consumo de bebidas alcoólicas, ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e síndrome do pânico também podem contribuir para maior frequência da paralisia do son.

Segundo ele, outros fatores, como ingestão alcoólica; ansiedade; depressão; transtorno de estresse pós-traumático e síndrome do pânico, fazem esse quadro ser mais frequente.

Tratamento

Em casos extremos de paralisia do sono, o tratamento envolve investigar a causa e tratá-la. “Envolve a psicoterapia, se tiver um quadro ansioso muito importante ou medicações que tratem o quadro de ansiedade ou depressivo. Além disso, é importante ter uma rotina de sono adequada, ter um horário certo para ir dormir e um horário certo para acordar”, conclui o neurologista.