Parkinson: 8 sintomas da doença diferentes dos tremores
A doença de Parkinson afeta milhões em todo o mundo e pode ter seus sintomas muitas vezes mal interpretados ou negligenciados
O Parkinson é uma condição neurológica crônica que afeta, principalmente, a coordenação motora e o controle muscular. A doença acomete milhões em todo o mundo, com mais de 200 mil casos apenas no Brasil.
Apesar de ser mais comum em idosos, a condição não escolhe idade, podendo afetar pessoas mais jovens e alterar significativamente a qualidade de vida.
Um dos principais equívocos sobre o Parkinson é que se trata apenas de tremores. Pois a doença pode se manifestar através de uma diversidade de sintomas motores e não motores, complicando o diagnóstico e o tratamento.
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Quais são os primeiros sinais de Parkinson?
- Rigidez articular e da musculatura;
- Movimentos lentos;
- Postura inclinada para frente;
- Dificuldade em caminhar ou manter o equilíbrio;
- Falha na memória;
- Dificuldades de discriminar odores;
- Sentimentos depressivos e alterações de humor;
- Dores generalizadas.
Já os tremores aumentam gradualmente e afetam os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés.
O que leva uma pessoa a ter Parkinson?
As causas precisas do Parkinson ainda não foram totalmente elucidadas, mas a suposição é que seja uma interação complexa entre fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos.
Certas mutações genéticas estão associadas a um maior risco de desenvolvimento da doença, e exposição a toxinas ambientais também pode desempenhar um papel.
Além disso, a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 60 anos. Trauma craniano de repetição e uso de medicamentos, como drogas para epilepsia, também podem estar associados à doença de Parkinson.
O que pode ser confundido com Parkinson?
Algumas condições médicas, como tremores essenciais, distonia e efeitos colaterais de certos medicamentos, podem ser confundidos com os sintomas do Parkinson.
Também existem várias formas de parkinsonismo que compartilham sintomas com o Parkinson, mas que têm causas diferentes e podem ter progressão diferente. Exemplos incluem a síndrome de Shy-Drager, a paralisia supranuclear progressiva (PSP) e a atrofia de múltiplos sistemas (AMS).
Por isso, é importante que qualquer pessoa que experimente sintomas semelhantes ao Parkinson seja avaliada por um médico para um diagnóstico preciso.
Um diagnóstico adequado pode garantir o tratamento correto e gerenciamento apropriado dos sintomas.
Como o diagnóstico precoce pode impactar na qualidade de vida?
O diagnóstico precoce do Parkinson é crucial para uma melhor gestão dos sintomas e um planejamento terapêutico mais eficaz.
Isso permite que os pacientes mantenham uma qualidade de vida superior por mais tempo, através da alocação de terapias multidisciplinares e exercícios físicos regulares.
Qual o exame de sangue que detecta o Parkinson?
Atualmente, o primeiro exame de sangue para a identificação do Parkinson ainda está em fase de desenvolvimento, segundo o estudo publicado na revista científica Science Translational Medicine. Portanto, não existe um exame de sangue específico no mercado que possa diagnosticar o Parkinson de forma definitiva.
O diagnóstico é principalmente clínico, baseado nos sintomas apresentados pelo paciente e em testes neurológicos realizados por um médico especializado.
Embora não haja cura, o tratamento é focado em aliviar os sintomas. Exercícios físicos e um acompanhamento multidisciplinar são essenciais para manter a funcionalidade e bem-estar.
O que fazer para evitar a doença de Parkinson?
Embora não haja uma maneira garantida de prevenir o Parkinson, alguns estudos sugerem que a prática regular de exercícios físicos, uma dieta rica em antioxidantes e a manutenção de um estilo de vida saudável podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento da doença.
Além disso, evitar a exposição a toxinas ambientais sempre que possível também pode ser benéfico.
Embora o Parkinson ainda apresente desafios significativos em termos de diagnóstico e tratamento, uma compreensão melhor das suas causas, juntamente com medidas de prevenção e intervenção precoce, pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição neurológica debilitante.