Pesquisa defende esta dieta contra o risco de demência

Padrão alimentar enfatiza alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios que beneficial a saúde do cérebro

Em um estudo recente, os cientistas analisaram algumas pesquisas sobre como a dieta MIND pode reduzir o risco de demência em adultos mais velhos.

A demência ocorre quando o cérebro não consegue funcionar corretamente e ocorre principalmente na população mais idosa. 

O tipo mais comum de demência é a doença de Alzheimer, causada pela acumulação de substâncias tóxicas no cérebro.

Muitas coisas, como os nossos genes e a forma como vivemos, podem afetar o risco de contrair demência. Por outro lado, seguir uma dieta saudável como a mediterrânea pode ajudar a nos proteger.

Deita MIND enfatiza alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios
Créditos: MicEnin/DepositPhotos
Deita MIND enfatiza alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios

Em que se baseia a dieta MIND?

A dieta MIND, que significa “Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay”, combina elementos das dietas mediterrânea e DASH.

Ela enfatiza alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios, que incluem:

  • Vegetais de folhas verdes
  • Nozes
  • Bagas (mirtilos, morangos e framboesas)
  • Azeite

Estes alimentos fornecem uma ampla variedade de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, contribuindo para a saúde geral e reduzindo o risco de doenças crônicas. 

Detalhes sobre o estudo

O estudo publicado no Annals of Neurology investigou se a dieta mediterrânea reduz o risco de demência ao diminuir o ritmo do envelhecimento biológico ou a idade das células do corpo.

Os pesquisadores analisaram dados de 1.644 adultos sem demência com mais de 60 anos.

Entre 1991 e 2008, os pesquisadores conversaram com os participantes a cada quatro para sete anos para avaliar dieta, exames de sangue e resultados de testes neurocognitivos, determinando o ritmo de envelhecimento biológico com base nesses resultados.

Os pesquisadores descobriram uma ligação entre seguir a dieta e um ritmo mais lento de envelhecimento, bem como um menor risco de desenvolver demência.

O estudo também descobriu que os escores de envelhecimento mais lento impactaram significativamente tanto as relações entre dieta e demência quanto dieta e mortalidade.

Qual a explicação?

Descobriu-se que alimentos ricos em antioxidantes ajudam a acalmar a inflamação e protegem contra perda de memória e aprendizagem.

Tanto os alimentos antioxidantes quanto os antiinflamatórios ajudam a reduzir ou prevenir algumas das alterações cerebrais que ocorrem no envelhecimento ou na doença de Alzheimer.

O que causa demência?

A demência é uma condição complexa e multifacetada, que envolve uma interação de diversos fatores.

Enquanto alguns desses fatores são inerentes ao processo natural de envelhecimento, outros são resultantes de condições médicas ou hábitos de vida prejudiciais.

Em muitos casos, a demência é causada por doenças neurodegenerativas progressivas, como a doença de Alzheimer, onde ocorre o acúmulo anormal de placas de proteína beta-amiloide e emaranhados de proteína tau no cérebro.

Além disso, condições médicas que afetam a saúde vascular, como hipertensão arterial, diabetes e doença cardíaca, podem aumentar o risco de demência vascular.

Lesões cerebrais traumáticas também podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento da demência, especialmente quando ocorrem repetidamente ao longo do tempo.

Fatores genéticos e histórico familiar de demência podem aumentar o risco individual, assim como certos fatores de estilo de vida, incluindo tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta pobre em nutrientes e falta de atividade física.

Além disso, a exposição a toxinas ambientais, como metais pesados e poluentes do ar, pode contribuir para o desenvolvimento da demência.