Pesquisa revela hábito do sono que aumenta risco de diabetes em 20%
Estudo acompanhou 63,6 mil enfermeiras, com idades entre 48 e 68 anos, durante um período de sete anos; entenda as descobertas
Está acostumado a dormir tarde? Um estudo recente realizado pela Universidade de Brigham, nos Estados Unidos, sugere que manter um horário irregular de sono pode não apenas diminuir a qualidade do mesmo, mas também aumentar as chances de desenvolver diabetes.
Os pesquisadores monitoraram 63,6 mil enfermeiras, com idades entre 48 e 68 anos, durante um período de sete anos, iniciando em 2009. Os resultados foram divulgados na revista científica Annals of Internal Medicine.
Segundo a pesquisa, as profissionais de saúde que costumavam dormir mais tarde estavam propensas a ter um risco 20% maior de desenvolver diabetes em comparação àquelas que mantinham uma rotina regular de sono.
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Neste contexto, vale ressaltar que a influência do estilo de vida nessa doença não se limita apenas ao horário de sono.
Outros hábitos associados ao desenvolvimento de diabetes
De acordo com o estudo, as participantes que se autodefiniram como “pessoas noturnas” tinham uma maior propensão para o consumo de álcool e uma menor prática de atividade física em relação às “pessoas diurnas”.
Os dados indicam que isso não somente afeta a rotina de sono, mas também se traduz em um estilo de vida menos saudável, que pode contribuir para a manifestação de doenças como a diabetes.
O estudo também ressalta a relevância do ciclo de sono como um indicador do risco de desenvolver diabetes. Mesmo após controlar os dados para levar em consideração diferenças nos estilos de vida das participantes, os pesquisadores ainda perceberam um risco residual associado a uma rotina de sono desregulada.
Sina Kianersi, a médica que liderou o estudo, citou a necessidade de aprofundar a investigação. Além disso, ela destacou a relação direta entre a desregulação do sono e a diabetes.
A próxima etapa, segundo Kianersi, será expandir a pesquisa para um grupo maior de pessoas noturnas. “Se conseguirmos determinar uma ligação causal entre o cronotipo (sincronização dos ritmos circadianos) e a diabetes ou outras doenças, os médicos poderão adaptar melhor as estratégias de prevenção aos seus pacientes.”