Um relatório da revista científica Lancet conclui que a manutenção e um hábito simples pode reduzir as queixas de dor lombar.

De acordo com o estudo, adultos que sofrem desse tipo de dor não só conseguiram controlá-la, mas passaram quase o dobro do tempo sem relatar uma recorrência depois de começarem a caminhar regularmente.

O que diz o estudo?

Os pesquisadores centraram-se na avaliação dos méritos da caminhada como estratégia de prevenção para um problema persistente que interfere com a atividade física normal.

Aproximadamente sete em cada 10 pessoas, que se recuperam de lombalgia, acabam sofrendo um novo episódio de lombalgia em 12 meses.

O ensaio clínico acompanhou 701 adultos, que se recuperaram recentemente de um episódio de dor lombar inespecífica.

A equipe do estudo os dividiu aleatoriamente para um programa de caminhada durante seis meses, ou para um grupo de controle.

No final, os participantes que caminharam relataram, em média, o dobro de dias sem recorrência do problema em relação aos demais.

 As pessoas no estudo caminharam de três a cinco vezes por semana, por uma média de 130 minutos ao todo.  

Por que caminhar é uma boa intervenção para dor lombar?

Caminhar é um exercício de baixo impacto e pode ser feito por longos períodos de tempo.

De acordo com os pesquisadores, caminhar fortalece os músculos que sustentam a coluna, envolvendo e contraindo ativamente os músculos centrais, das costas e das pernas, que trabalham juntos para estabilizar a coluna.

Além disso, a caminhada proporciona relaxamento, alívio do estresse e liberação de endorfinas de bem-estar.

O que causa dor lombar?

Essa dor geralmente se origina por conta de músculos fracos devido a um estilo de vida sedentário e à obesidade.

Isso pode causar desalinhamento da coluna, causando fadiga, degeneração e dor ao longo do tempo. 

Além disso, postura inadequada pode piorar a situação. Sentar ou ficar em pé com de maneira inadequada pode causar tensão nos músculos lombares.

O que funciona para dor lombar, segundo a OMS

• Educação/aconselhamento estruturado e padronizado;
• Programa estruturado de exercícios físicos;
• Acupuntura e outros métodos de agulhamento terapêutico;
• Terapia manipulativa espinhal (um tipo de massagem);
• Massagem;
• Terapia comportamental operante (um tipo de psicoterapia);
• Terapia cognitivo comportamental (um tipo de psicoterapia);
• Anti-inflamatórios simples (como ibuprofeno e diclofenaco);
• Preparações tópicas (aplicadas na pele) à base de pimenta-caiena – Capsicum frutescens;
• Cuidados biopsicossociais amplos.