Pesquisadores descobrem remédio com poder antienvelhecimento

Remédio usado em procedimento pós-operatório mostrou eficácia para efeito rejuvenescedor da pele

04/11/2023 07:00

Remédio antienvelhecimento pode reduzir rugas, flacidez e ainda deixar a pele do rosto impecavelmente lisa – iStock/Getty Images
Remédio antienvelhecimento pode reduzir rugas, flacidez e ainda deixar a pele do rosto impecavelmente lisa – iStock/Getty Images - Getty Images/iStockphoto

Estudo publicado pela revista científica GeroScience sinalizou a possível descoberta de um remédio capaz de reduzir rugas, flacidez e ainda deixar a pele do rosto impecavelmente lisa.

O rapamicina, medicamento já existente e usado para prevenir a rejeição de órgãos após a cirurgia de transplante, mostrou ser capaz de retardar o processo de envelhecimento quando aplicado sobre a pele.

Anteriormente, cientistas já haviam usado usado a droga para retardar o envelhecimento em camundongos, mas o estudo atual é o primeiro a mostrar um efeito sobre o tecido humano, especificamente na pele.

Para chegar aos resultados observados, a análise reuniu um grupo de 13 pessoas com mais de 40 anos de idade com evidência de fotoenvelhecimento relacionado à idade e à perda de volume dérmico.

Em seguida, os participantes foram orientados a aplicar por oito meses a rapamicina em uma das mãos e um placebo na outra.

Maior produção de colágeno

Ao final do experimento, foi observado que os participantes que usaram o medicamento apresentaram um aumento na produção de colágeno e redução dos níveis de proteína p16, que determina o envelhecimento das células.

Quando essa proteína p16 está com o nível mais baixo, ela ajuda a evitar a atrofia dérmica, caracterizada por uma pele frágil que rasga com facilidade, condição comum nos idosos.

Como funciona a rapamicina?

A rapamicina bloqueia a proteína TOR, que atua como mediadora no metabolismo, crescimento e envelhecimento das células humanas. Além disso, a droga também reduz o estresse na célula, atacando os radicais livres causadores de câncer nas mitocôndrias.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores observam que, como essa é uma pesquisa inicial, ainda é preciso responder a muitas outras perguntas sobre como aplicar o medicamento em contextos clínicos, por exemplo.