‘Piper’, um curta da Pixar que dá vida e cor à criação com apego

25/08/2017 13:49

O conceito da “criação com apego“, que defende a relação direta entre a proteção e a proximidade dos cuidadores com o bom desenvolvimento da criança, pode parecer abstrato para muitas pessoas. Um curta muito fofo da Pixar – daqueles que antecedem os longas durante a exibição nos cinemas – ajuda a trazer esse tema para o plano do concreto de um jeito realista e encantador.

“Piper: descobrindo a vida” conta a história de um pequena passarinha chamado Piper. A simpática personagem nasce em um ambiente adulto, e logo nos primeiros momentos de vida, se depara com o desafio de ganhar autonomia para conseguir alimento e sobreviver.

Ao captar de forma delicada os desafios de educar com afeto mas sem sufocar, “Piper” certamente entra para a lista das animações mais emocionantes da Pixar.
Ao captar de forma delicada os desafios de educar com afeto mas sem sufocar, “Piper” certamente entra para a lista das animações mais emocionantes da Pixar.

O cenário é uma praia onde vivem muitas outras aves maiores, e o filhote precisa aprender a – literalmente – andar com as próprias pernas. É aí que entra em cena a personagem central do filme, a mãe. Buscando mostrar o sutil equilíbrio entre o cuidado e o o excesso de proteção, ela orienta Piper, mas sem tomar o seu protagonismo em sua jornada de crescimento. Afinal, errar, cair e levantar são processos naturais do desenvolvimento, mas é preciso ter liberdade e uma base de segurança e afeto para passar por isso de forma plena e saudável.

O realizador da produção defendeu, em entrevista ao USA Today, que o filme simboliza a relação de cuidado e ao mesmo tempo de confiança e independência que caracteriza a educação dos filhos: na história, a mãe de Piper está sempre presente, mas dá o espano necessário para que crias se desenvolvam por si mesmas.

Com delicadeza e uma linguagem sensível cheia de metáforas, o curta é uma lição sobre educação afetiva e liberdade de ser, e convida pais, mães e cuidadores a refletir sobre os limites tênues que permeiam a criação dos filhos. Assista:

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