Poluição tem relação com sintomas de demência, diz estudo
Além de demência, poluição está associada a doenças como resfriados, gripes, amigdalites, faringites, sinusite e outras mais
Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram evidências que relacionam a poluição do ar com o aumento do risco de demência entre idosos.
Para entender os efeitos da doença caracterizada pelo comprometimento cognitivo de uma pessoa, que pode afetar a memória, a comunicação e o raciocínio, a pesquisa acompanhou 63.038 mulheres de 70 a 81 anos durante 10 anos.
Os resultados indicaram que aquelas que moravam em áreas com altos níveis de poluição do ar estavam mais propensas a desenvolver demência. Para cada aumento de 1 μg/m³ de material particulado fino (PM2,5), o risco de demência aumentou em 16%.
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Poluente atmosférico formado por partículas finas que podem penetrar profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, o PM2,5 é composto por partículas produzidas por fontes como motores de veículos, usinas termoelétricas e incêndios florestais.
Quando inaladas, as partículas podem viajar para o cérebro, causando inflamação e danos aos neurônios, o que pode contribuir para o desenvolvimento da demência.
O estudo observou ainda que, com o envelhecimento da população, a demência se tornou uma das principais causas de incapacidade e morte em todo o mundo, e que é preciso agir para reduzir os níveis de poluição do ar.
Causas
A demência pode ter várias causas, e a poluição do ar é apenas uma das muitas formas pelas quais ela pode se desenvolver. Outras causas incluem alterações no cérebro que ocorrem com o envelhecimento, doenças como o Alzheimer e outras condições médicas que afetam a função cerebral.
Sintomas
Os sintomas da demência podem variar de acordo com a causa e o estágio da doença, mas geralmente incluem dificuldade em lembrar eventos recentes, problemas de comunicação, desorientação no tempo e no espaço, mudanças de humor e comportamento, e perda de habilidades cognitivas e motoras.
Embora ainda não exista cura para a demência, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz, por isso é importante estar atento aos sinais e sintomas da demência e procurar ajuda médica caso seja necessário.
Além disso, medidas preventivas como a redução da exposição à poluição do ar, a prática de exercícios físicos regulares, a alimentação saudável e a estimulação cognitiva podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência e outras condições relacionadas à saúde do cérebro.
Primeiros sinais
O esquecimento é o sinal mais conhecido e mais associado a vários tipos de demência, porém, outros efeitos da doença podem afetar o comportamento e a linguagem. Confira:
Dificuldade em focar
Quando a demência começa a tomar conta do cérebro, as tarefas que exigem organização e planejamento podem se tornar muito mais difíceis que antes.
Perder objetos com frequência
De acordo com a Alzheimer Society, perder as chaves ou óculos de vez em quando não é nada alarmante, mas se alguém regularmente não se lembra onde deixou seus objetos, pode ser um sinal precoce de demência.
Problemas com a linguagem
Um sinal que pode indicar que uma pessoa está sofrendo de demência é ter dificuldade em formar frases ou encontrar as palavras certas durante as conversas. Embora todos possam esquecer uma ou outra palavra de vez em quando, lutar regularmente para lembrar as palavras ou substituí-las em frases por palavras aleatórias pode ser um sinal.
Desorientação de tempo e lugar
Outro sinal é dificuldade em saber qual o dia da semana. Pessoas com demência frequentemente se perdem no tempo. Também é comum se perderem na rua, tendo lapsos de memória, sem conseguir lembrar o caminho de volta para a casa.
Perda de memória
Talvez o sinal mais conhecido da condição seja a perda de memória. Esse sinal é um dos primeiros alertas para o declínio cognitivo.