Andar descalço tem ganhado atenção como uma prática benéfica para a saúde dos pés e do corpo como um todo.

Estudos sobre o tema sugerem que a conexão direta dos pés com o solo, também chamada de “grounding” ou “earthing”, pode oferecer uma série de vantagens que vão desde o fortalecimento da musculatura até a melhoria da postura e do equilíbrio.

Um dos principais benefícios de andar descalço é o fortalecimento natural dos músculos dos pés. Quando usamos calçados o tempo todo, especialmente aqueles com solas rígidas e formato inadequado, limitamos o movimento natural dos pés e a sua capacidade de adaptação ao solo.

Por que andar descalço, segundo especialistas? 

Sem o apoio de sapatos, os músculos dos pés são forçados a trabalhar mais para manter o equilíbrio, o que pode melhorar a estabilidade e prevenir problemas como a fascite plantar e dores nas articulações.

Um estudo publicado no Journal of Foot and Ankle Research analisou os efeitos de andar descalço na biomecânica do pé e descobriu que a prática pode ajudar a melhorar a distribuição da pressão plantar (pressão sob os pés), reduzindo o risco de lesões.

A pesquisa também sugere que andar descalço pode promover um padrão de marcha mais natural, evitando o impacto excessivo no calcanhar, comum ao andar com calçados acolchoados. Isso pode ajudar a reduzir o estresse nas articulações dos tornozelos, joelhos e quadris.

Ativando sensores neurológicos

Além dos benefícios mecânicos, há evidências que sugerem que andar descalço pode ter impactos neurológicos positivos. O contato direto dos pés com o solo ativa uma série de sensores que ajudam o corpo a ajustar sua postura e coordenação.

Isso é particularmente importante em termos de prevenção de quedas e lesões, especialmente em populações mais idosas, conforme observado em um estudo publicado no Journal of Aging and Physical Activity.

Mantenha os pés no chão 

Outro fator interessante é a possível conexão entre andar descalço e o alívio do estresse. Segundo um estudo no Journal of Alternative and Complementary Medicine, o grounding pode ter efeitos positivos na redução da inflamação e do estresse oxidativo.

A pesquisa sugere que o contato com a superfície da Terra pode permitir a absorção de elétrons que atuam como antioxidantes no corpo, o que explica a sensação de bem-estar associada à prática de andar descalço em superfícies naturais, como grama ou areia.

Ao longo dos últimos anos, essas vantagens respaldadas por pesquisas científicas destacam tanto os aspectos biomecânicos quanto os potenciais efeitos anti-inflamatórios e de alívio do estresse associados a essa prática.

Ou seja, por que não deixar o sapato de lado um pouco e cuidar da saúde dos pés, do corpo, da mente e… da alma?