Por que este hábito pode piorar consideravelmente o seu dia?

Pesquisa indica que este hábito contribui diretamente para a piora da sua saúde mental

05/02/2025 21:00

O estudo contou com mais de 5.000 voluntários que passaram por diferentes formas de privação de sono – vladans/istock
O estudo contou com mais de 5.000 voluntários que passaram por diferentes formas de privação de sono – vladans/istock - vladans/istock

Todo mundo sabe que uma noite mal dormida pode deixá-lo exausto, mas o que poucos percebem é que essa privação de sono também rouba sua alegria e alimenta a ansiedade.

Pesquisadores decidiram mergulhar em mais de 50 anos de estudos sobre a relação entre sono e humor para entender os impactos emocionais dessa “sociedade constantemente privada de descanso”. Após analisar 154 estudos que cobriram cinco décadas, suas descobertas foram publicadas na renomada revista Psychological Bulletin.

Noites interrompidas, emoções abaladas

O estudo contou com mais de 5.000 voluntários que passaram por diferentes formas de privação de sono. Alguns foram mantidos acordados por períodos prolongados, outros dormiram menos do que o habitual e um terceiro grupo teve o sono interrompido várias vezes durante a noite.

Após essas noites turbulentas, os participantes relataram mudanças significativas em suas emoções. Eles descreveram um declínio na alegria, felicidade e contentamento, além de um aumento notável na ansiedade. A frequência cardíaca acelerou, a preocupação tomou conta e até sintomas depressivos, embora menos consistentes, apareceram.

O mais alarmante? Esses efeitos negativos surgiram mesmo após pequenas perdas de sono, como dormir uma ou duas horas a menos do que o normal.

Novos horizontes

Os cientistas reconhecem que a maioria dos participantes eram jovens, com média de idade de 23 anos. Pesquisas futuras, com grupos etários mais variados, podem trazer uma visão mais ampla dos impactos emocionais da privação do sono. Além disso, a predominância de estudos realizados nos EUA e na Europa levanta a necessidade de investigar como diferentes culturas reagem à falta de descanso.

Ansiedade: um inimigo silencioso para o corpo

Se a privação de sono abre as portas para a ansiedade, essa última também tem seu próprio arsenal de efeitos físicos. Inicialmente, a ansiedade dispara a resposta de “luta ou fuga”, liberando hormônios como adrenalina e cortisol. Mas quando se torna crônica, os danos se multiplicam.

O coração acelera, a pressão arterial sobe e os riscos de hipertensão e doenças cardíacas aumentam. O pulmão também sente o impacto: a respiração se torna curta e rápida, levando a tonturas, sensação de sufocamento e, em casos mais extremos, ataques de pânico.

Por isso, cuidar do sono e aprender a gerenciar a ansiedade não são apenas luxos – são necessidades para manter a mente e o corpo em equilíbrio. Afinal, noites bem dormidas são a base para dias mais leves e uma vida emocionalmente saudável.

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