Pré-diabetes e tabagismo podem triplicar risco de AVC em jovens
Estudo revela alterações no metabolismo das células cerebrais
O consumo constante de tabaco, combinado à condição de pré-diabetes, pode triplicar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em jovens adultos sem outros fatores de risco cardiovascular. A afirmação provém de um estudo realizado pela American Heart Association.
Pré-diabetes e tabagismo podem triplicar risco de AVC em jovens
A pesquisa utilizou a Amostra Nacional de Pacientes Internos, uma relevante base de dados dos EUA, para analisar as internações hospitalares de mais de 1 milhão de jovens consumidores de tabaco, com idades entre 18 e 44 anos, durante o ano de 2019.
Quem participou do estudo?
Os participantes do estudo, apesar de considerados metabolicamente saudáveis e livres de fatores de risco de doenças cardiovasculares – como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto ou obesidade – eram usuários habituais de tabaco e demonstravam dificuldade em moderar seu consumo.
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Por que essas descobertas são importantes?
Os resultados deste estudo fortalecem a necessidade de estratégias preventivas voltadas para jovens usuários de tabaco com pré-diabetes para mitigar as probabilidades de AVC.
Segundo Advait Vasavada, autor do estudo, o pré-diabetes é caracterizado por níveis de açúcar no sangue, em jejum, superiores ao normal. Esta alta pode predispor ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. Os níveis elevados de açúcar no sangue também geram um risco maior de doenças cardíacas e AVCs.
Entretanto, alterações no estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável, perda de peso e a prática regular de exercícios, podem reduzir esses riscos.
Um aspecto relevante é que os usuários de tabaco com pré-diabetes, além de terem um risco triplicado de hospitalização por AVC, também apresentaram taxas mais altas de doença pulmonar obstrutiva crônica, ataque cardíaco prévio e doença renal crônica.
Quais são os próximos passos?
De acordo com Vasavada, se você é um jovem adulto metabolicamente saudável, mas dependente do uso de tabaco, deve fazer um esforço para, no mínimo, reduzir seu consumo e, se possível, eliminar completamente.
Ainda ressalva a importância de conscientizar que a pré-diabetes pode ampliar consideravelmente o risco de AVC, mesmo em pessoas não usuárias de tabaco.
Reforçando a importância de hábitos saudáveis, Esa M. Davis, membro do Comitê de Drogas, Álcool e Tabaco da American Heart Association, aconselha que a manutenção dos níveis de açúcar no sangue controlados, aliada a uma vida saudável, é a chave para a prevenção.
“A pré-diabetes, sozinha, já é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares. A adição do consumo de tabaco eleva drasticamente as chances de ter um AVC, tornando-se ainda mais importante a intensificação dos esforços para abandonar o tabagismo”, conclui Davis.