O que explica a 1ª morte pela nova subvariante da Ômicron no país?

A BQ.1 é ainda mais transmissível que as variantes anteriores e foi responsável pela nova onda de covid em vários países

08/11/2022 13:22

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte em decorrência de contaminação pela nova subvariante da Ômicron, a BQ.1. De acordo com a pasta, trata-se de uma paciente de 72 anos.

Embora a variante seja mais transmissível que a própria Ômicron, não há evidências até o momento de que cause infecções mais graves.

São Paulo registra primeira morte pela subvariante da Ômicron, BQ.1 no país
São Paulo registra primeira morte pela subvariante da Ômicron, BQ.1 no país - gorodenkoff/istock

O caso em São Paulo, porém, teve o agravante de ser com uma paciente já idosa e com comorbidades, que deixam o quadro de saúde mais frágil. Além disso, a mulher estava acamada e tinha úlceras infectadas e problemas cardíacos.

O secretário de saúde do estado informou que ainda não sabe sobre a situação vacinal da mulher, mas reforçou a importância da vacinação completa, com as doses de reforço, para a proteção contra a doença.

Subvariante BQ.1

A BQ.1 é derivada da variante BA.5 da Ômicron. Ela parece se espalhar mais facilmente e foi responsável pelo aumento de casos na Europa, Estados Unidos e na Ásia.

Nova subvariante da Ômicron é ainda mais transmissível que as anteriores
Nova subvariante da Ômicron é ainda mais transmissível que as anteriores - koto_feja/istock

Os sintomas provocados pela BQ.1 não diferem dos provocados pela maioria das outras variantes. Os pacientes tendem a apresentar dor de cabeça, tosse, dor de garganta e perda de olfato e paladar.

Embora não tende a causar casos graves, a BQ.1 apresenta um escape muito maior da proteção das vacinas. Ou seja, pode infectar quem já se vacinou mais facilmente que outras subvariantes.

Ainda assim, em pessoas vacinadas com a dose de reforço, a infecção tende a ser leve.

As medidas preventivas já conhecidas seguem sendo as mesmas: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel), uso de máscara em locais fechados e a vacinação contra a covid.

Para as pessoas que não tomaram a dose de reforço, a orientação e procurar uma unidade de saúde para atualizar a situação.