Psoríase: descoberto o fator que pode estar por trás da doença
Nova descoberta liga a psoríase ao hormônio hepcidina, abrindo caminho para possíveis tratamentos mais eficazes
Recentemente, novas evidências sobre a origem da psoríase foram publicadas na revista científica Nature Communications.

O estudo sugere que o hormônio hepcidina, responsável pela regulação da absorção de ferro no corpo, pode estar relacionado ao desenvolvimento da doença.
Qual é a relação entre a hepcidina e a psoríase?
De acordo com o estudo, indivíduos com psoríase produzem hepcidina não apenas no fígado, como ocorre em pessoas sem a condição, mas também na pele.
- ‘A inclusão começa na matrícula’: o que escolas e professores precisam saber sobre o autismo
- Usar Ozempic pode não ser tão fácil em breve; entenda nova proposta da Anvisa
- Praias em Jericoacoara que precisam estar em qualquer roteiro de viagem
- Riscos de desafio: entenda por que inalar desodorante pode levar à morte
Experimentos com camundongos mostraram que níveis elevados de hepcidina levaram ao desenvolvimento de psoríase. Esse excesso hormonal resultou na produção aumentada de ferro na pele, causando superprodução de células cutâneas e acúmulo de neutrófilos, ambos associados à doença.
A psoríase manifesta-se por meio de lesões vermelhas e escamosas na pele, frequentemente acompanhadas de coceira. Essas lesões podem surgir em diversas partes do corpo, como couro cabeludo, joelhos e cotovelos, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Quais são os tipos de psoríase?
A doença apresenta várias formas, incluindo:
- Psoríase vulgar: a mais comum, com placas secas e escamosas no couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
- Psoríase invertida: lesões em áreas de dobras, como axilas e região genital.
- Psoríase gutata: pequenas lesões em forma de gotas no tronco e membros, mais frequentes em crianças e jovens adultos.
- Psoríase eritrodérmica: acomete todo o corpo com placas vermelhas que podem coçar ou arder constantemente.
- Psoríase artropática: lesões doloridas nas articulações, podendo causar rigidez e deformidades permanentes.
- Psoríase ungueal: alterações nas unhas, como manchas amareladas e descolamento.
- Psoríase pustulosa: bolhas com pus nos pés e mãos ou espalhadas pelo corpo.
- Psoríase palmo-plantar: fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
Tratamento
O estudo sobre a hepcidina abre novas possibilidades terapêuticas. “Um novo tratamento que visa o desequilíbrio do hormônio do ferro na pele oferece esperança. Esta abordagem inovadora pode melhorar significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas, restaurando sua confiança e bem-estar,” afirma o autor Charareh Pourzand, da Universidade de Bath, na Inglaterra.
Além disso, os pesquisadores sugerem que a hepcidina pode ser um alvo para o tratamento da psoríase, complementando as terapias atuais ou servindo como manutenção durante a remissão para prevenir a recorrência.
É importante ressaltar que, embora a psoríase não tenha cura, existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A descoberta da relação entre a hepcidina e a psoríase pode representar um avanço significativo na busca por terapias mais eficazes.