Quais são os comportamentos mais comuns de uma pessoa autista em uma interação social?
Vale lembrar, como trata-se de um espectro, há diferentes comportamentos, habilidades e desejos desses indivíduos quando se trata de interação social
Comunicar e entender ideias nem sempre é fácil para pessoas que estão dentro do espectro autista, mesmo para aquelas com o chamado autismo de alta funcionalidade, que apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. Em interações sociais, essas pessoas podem apresentar comportamentos tidos como não convencionais pela sociedade neurotípica.
Neurotípico: é um termo usado para descrever pessoas cujo desenvolvimento neurológico segue o padrão considerado típico pela sociedade. Em outras palavras, é usado para descrever aqueles que não têm condições neurológicas como autismo, TDAH, síndrome de Tourette, entre outras.
Neurodivergente: refere-se a pessoas cujo funcionamento neurológico difere do padrão considerado típico. Isso inclui pessoas com condições como autismo, TDAH, síndrome de Tourette, dislexia, entre outras. Essas diferenças podem afetar a forma como uma pessoa processa informações, interage com os outros e experimenta o mundo ao seu redor.
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É importante dizer, no entanto, que como trata-se de um espectro, há diferentes comportamentos, habilidades e desejos desses indivíduos quando se trata de interação social.
Algumas autistas podem apresentar motivação limitada na interação com as pessoas ao seu redor. Outros podem desejar interagir com uma variedade de pessoas, em grande medida.
Confira abaixo alguns comportamento de autistas:
Fazer perguntas consideradas ‘bobas’ ou inconsistentes
Os autistas podem fazer perguntas que parecem simples ou óbvias para tentar entender melhor uma situação ou um conceito que não está claro para eles.
Algumas pessoas com autismo preferem ter informações claras e previsíveis para se sentirem seguras e confortáveis em uma situação. Eles podem fazer perguntas repetidas ou buscar confirmação sobre detalhes específicos para garantir que entendam completamente uma situação.
Outras vezes, o autista não sabe o que dizer em um diálogo e essa é uma tentativa dele de interagir um pouco.
Avisar sempre quando vão fazer algo
Muitas pessoas com autismo preferem seguir uma rotina estruturada e previsível. Avisar antes de fazer algo pode ajudá-las a preparar mental, emocional e sensorialmente para a mudança na atividade ou na situação. É uma forma de reduzir o estresse e a ansiedade associados.
Ter tendência a pedir desculpas
Alguns indivíduos com autismo podem ter dificuldades em expressar suas necessidades, emoções ou opiniões de forma clara e direta. Pedir desculpas pode ser uma resposta automática em situações em que não sabem como se expressar de outra forma.
Outras vezes, eles podem ter um hiperfoco em regras sociais ou em seguir as expectativas dos outros. Nesse caso, pedir desculpas pode ser uma resposta automática quando sentem que não estão cumprindo essas regras ou expectativas.
Não conseguir defender a si mesmo
Pessoas com autismo podem ter dificuldade em interpretar pistas sociais sutis e entender as intenções dos outros. Isso pode fazer com que não reconheçam imediatamente quando estão em uma situação que requer autodefesa.
A ansiedade social também pode explicar essa dificuldade. Pois ela pode levar o autista ao medo de enfrentar confrontos ou a preocupação com as consequências de se defender. Isso pode fazer com que evitem confrontos ou resistam a se posicionar em situações de conflito.
Tentar escapar de encontros inesperados (até com quem ama) em local público
ncontros inesperados em locais públicos podem ser fonte de ansiedade social para pessoas com autismo. Eles podem se sentir desconfortáveis em lidar com interações sociais imprevistas e podem preferir evitar essas situações para evitar o estresse associado.
É claro que existem vários critérios que caracterizam autismo. Identificar-se apenas com as características apresentadas aqui não significa necessariamente que você seja autista. O diagnóstico só pode ser feito por um médico especialista.