Qual o segredo para chegar aos 100 anos de idade?
Pesquisa mostra como ser humano pode se tornar um centenário; veja
A busca incansável pela longevidade sempre fez parte da trama humana. No entanto, parece que o segredo para uma vida longa esteve o tempo todo em nosso próprio sangue.
Recentemente, um estudo promovido por pesquisadores do Instituto de Medicina Ambiental, Karolinska Institutet, na Suécia, e do Centro Nacional Cerebral e Cardiovascular, no Japão, sugeriu que os centenários apresentam níveis mais baixos de açúcar no sangue do que indivíduos de menor idade.
Qual o segredo para chegar aos 100 anos de idade?
Vivemos em um cenário onde a expectativa de vida aumenta cada vez mais, tornando os resultados destas pesquisas algo extremamente relevante.
Os cientistas não apenas observaram os níveis de açúcar no sangue, mas também avaliaram como os rins e fígados desses indivíduos centenários estão funcionando.
Como resultado, ambos os órgãos apresentaram níveis mais saudáveis comparados àqueles que possuem uma vida mais curta.
A mensagem que se pode extrair desses resultados é cristalina: a chave para uma vida mais longa pode estar na administração adequada do açúcar no sangue e na manutenção da boa saúde renal e hepática.
O que mais a pesquisa revelou?
Além dos níveis mais baixos de açúcar no sangue, os pesquisadores também observaram que aqueles que ultrapassaram os 100 anos de vida apresentavam níveis mais elevados de colesterol total e ferro.
Isso despertou a curiosidade dos pesquisadores, que interpretaram esses níveis elevados como possíveis evidências de fatores de estilo de vida, como alimentação e consumo de álcool. Em outras palavras, a dieta e os hábitos alimentares dos centenários podem influenciar em sua longevidade.
Mas como foi realizada esta pesquisa?
Para chegar a essas conclusões, os cientistas analisaram amostras sanguíneas de mais de 44 mil pessoas com mais de 60 anos. Entre os doadores, centenas estavam já na categoria centenária.
Os pesquisadores acompanharam esses indivíduos durante 35 anos e focaram na análise de 12 biomarcadores associados à mortalidade em idosos.
Os resultados revelaram que apenas 2% das pessoas com colesterol total considerado baixo (5,2mmol/L ou 93,6 mg/dl) viveram até 100 anos, em contraste com 3% daqueles que tinham 7,2mmol/L (129.6 mg/dl) ou mais.
Então, a longevidade é puramente uma questão de genética?
Apesar dos resultados expressivos, os pesquisadores reforçam que uma série de variantes deve ser considerada quando falamos sobre longevidade.
Certamente, os níveis de biomarcadores têm sua importância, mas características genéticas e, principalmente, o estilo de vida também influenciam na equação.
Logo, o segredo do sangue para uma vida mais longa é apenas um dos componentes desta complexa e fascinante máquina chamada vida.