Quem tem ansiedade corre risco 3 vezes maior desta doença, conforme estudo
Estudo revela como a ansiedade pode impactar a saúde mental e física, aumentando o risco de grave doença a longo prazo
Para aqueles que lidam com ansiedade crônica, um novo estudo sugere uma preocupação adicional: o transtorno pode quase triplicar o risco de desenvolver demência anos depois.
A ansiedade é considerada crônica quando os sintomas de preocupação excessiva, medo e tensão persistem por um período prolongado, geralmente mais de seis meses, e interferem significativamente no funcionamento social, ocupacional ou outras áreas importantes.
O estudo, publicado no Journal of the American Geriatrics Society, é pioneiro em analisar a associação entre diferentes gravidades de ansiedade e o risco de demência ao longo do tempo, bem como o impacto do momento em que a ansiedade ocorre.
A Dra. Kay Khaing, principal autora do estudo e geriatra no Hunter New England Health, na Austrália, declarou que a ansiedade pode ser considerada um fator de risco não tradicional para a demência.
Qual é a relação entre ansiedade e demência?
Estudos anteriores tiveram resultados mistos ao explorar essa relação, mas este novo estudo considera a duração da ansiedade como um fator importante.
A pesquisa envolveu 2.132 participantes do Hunter Community Study, que forneceram dados de saúde, incluindo condições como hipertensão e diabetes. O estudo seguiu os participantes em três avaliações ao longo de quinze anos.
No final do estudo, 64 participantes desenvolveram demência. Aqueles com ansiedade crônica (definida como ter ansiedade na primeira e na segunda avaliação) ou recente (refere-se à ansiedade identificada na segunda avaliação) tinham um risco quase três vezes maior de desenvolver demência em comparação com aqueles sem ansiedade.
Então, como lidar com a ansiedade para reduzir riscos?
As descobertas sublinham a necessidade de tratamento contínuo para a ansiedade, que pode incluir mudanças no estilo de vida e terapia cognitivo-comportamental.
Evitar medicamentos que prejudicam o cérebro, como certos antidepressivos e benzodiazepínicos, também acaba sendo recomendado.
Além disso, práticas como meditação e interações sociais positivas podem ajudar a reduzir a ansiedade e, consequentemente, o risco de demência.
O estudo amplia nossa compreensão sobre a ligação entre ansiedade e demência, sugerindo que a gestão eficaz da ansiedade não só melhora a qualidade de vida como também previne doenças neurodegenerativas.
Afinal, quais são os sintomas de ansiedade?
Sintomas psicológicos:
- Preocupação excessiva;
- Percepção de perigo em situações cotidianas;
- Medos ilógicos;
- Pensamentos obsessivos;
- Sensação de nervosismo;
- Insônia.
Sintomas físicos:
- Sensação de agitação no estômago;
- Tontura;
- Inquietação (dificuldade em permanecer parado);
- Dores de cabeça, dores nas costas ou outros desconfortos;
- Respiração acelerada;
- Batimentos cardíacos rápidos, acelerados ou irregulares;
- Dor no peito;
- Espasmos musculares;
- Sudorese ou ondas de calor;
- Problemas de sono;
- Ranger de dentes, especialmente à noite;
- Náusea;
- Tremores;
- Formigamento;
- Por fim, intestino solto.
Estas são algumas manifestações, mas é possível que outras experiências com ansiedade não estejam abordadas aqui. Portanto, consulte um especialista caso suspeite da condição.