Quem teve covid-19 corre maior risco de ter síndrome de Guillain-Barré?
Relação entre a covid-19 e a doença que colocou o Peru em estado de alerta por 90 dias
Desde que o governo do Peru declarou emergência sanitária para a síndrome de Guillain-Barré, a doença tem dado o que falar ao redor do mundo, o que gerou muitas dúvidas.
Embora a causa ainda não tenha sido esclarecida, a síndrome de Guillain-Barré está associada a infecções virais anteriores. Afinal, ter tido covid-19 aumenta o risco de apresentar a síndrome?
Causa da síndrome
Uma condição neurológica rara e autoimune, a síndrome Guillain-Barré ocorre quando o sistema imunológico ataca o sistema nervoso periférico, o que causa a inflamação dos nervos.
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Nos últimos seis meses, já são mais de 180 casos da doença no Peru, sendo que quatro pessoas morreram. Apesar do estado de emergência, no entanto, ainda não se sabe quais fatores estariam facilitando o surgimento de casos.
A síndrome começa entre duas e seis semanas após infecções por doenças virais ou bacterianas. Em resumo, quem teve alguma infecção antes desse período não precisa se preocupar.
Segundo o Ministério da Saúde, a infecção por Campylobacter, que causa diarreia, está na lista das que foram associadas à doença.
Outras infecções que podem desencadear essa doença incluem Zika, dengue, chikungunya, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, sarampo, vírus de influenza A, Mycoplasma pneumoniae, enterovirus D68, hepatite A, B, C e HIV.
Relação da síndrome de Guillain-Barré com covid-19
Em 2020, durante a pandemia de covid-19, o número de casos da síndrome aumentou e acabou sendo associado à vacinação.
Apesar disso, não existe comprovação de que ter tido covid-19 aumento o risco de apresentar a síndrome, uma vez que ela pode ocorrer com várias infecções virais e bacterianas.
Além disso, outras condições – como lúpus e tumores – também podem ser gatilhos para o surgimento da síndrome.