Record revela o tratamento alternativo de Marcelo Rezende

Médico não tinha licença para atuar em São Paulo

02/10/2017 09:34

O apresentador Marcelo Rezende não resistiu ao câncer de pâncreas
O apresentador Marcelo Rezende não resistiu ao câncer de pâncreas

No último domingo (1º), o programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, revelou em reportagem o tratamento médico ao qual Marcelo Rezende se submeteu em sua luta contra um câncer de pâncreas. O apresentador morreu no dia 16 de setembro, aos 65 anos, em decorrência da doença.

O método, ministrado pela médica ginecologista Katia Nakazone, foi batizado pelo próprio Marcelo como “Farmácia de Deus” e custava R$ 30 mil por semana.

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Profissionalmente, ela era aluna do também médico Lair Ribeiro, que segundo a reportagem, não tem licença para clinicar ou dar consultas em São Paulo, mas era o profissional responsável pelo tratamento.

Ainda assim, o médico teria se encontrado com Marcelo Rezende algumas vezes e, já no primeiro encontro, disse que até setembro o apresentador estaria curado do câncer.

A reportagem mostra que Rezende  se comunicava com frequência com Katia Nakazone, e nessas conversas era possível notar que Lair Ribeiro estava presente, mesmo não podendo atuar no Estado.

Em algumas mensagens trocadas entre o jornalista e a equipe médica alternativa, é possível ver que Kátia dizia que o tumor estava controlado e o incentivava a continuar o tratamento alternativo.

No dia 19 de maio, por exemplo, Katia diz que enviou um material para Rezende a pedido do Dr. Lair. Na resposta, Rezende chega a questionar se pode abrir as cápsulas e tomar apenas o pó da medicação enviada por conta do plástico do remédio ser difícil de engolir.

O último contato entre Rezende e Katia Nakazone foi uma cobrança financeira feita pela profissional.

Assim que descobriu a doença, Marcelo foi internado no hospital Albert Einstein e começou a fazer quimioterapia. Os médicos disseram que a chance de recuperação dele era de 1%. Por conta disso, ele foi procurar o método alternativo.

A prática adotada por Lair Ribeiro é acusada de charlatanismo pelos oncologistas.

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