Refrigerante na adolescência pode trazer estes riscos à saúde
Sobrepeso, obesidade e hipertensão são algumas das consequências provocadas pelo consumo de refrigerante
Estudo divulgado pela Universidade Federal da Paraíba mostra que o consumo diário de refrigerantes por adolescentes pode ser um fator de risco cardiovascular capaz de desencadear quadros de sobrepeso, obesidade e hipertensão. O alerta vale, inclusive, para aqueles que levam nos rótulos a descrição de zero, diet ou light.
Os autores da pesquisa avaliaram dados de inquéritos alimentares de aproximadamente 37 mil adolescentes brasileiros com idades entre 12 e 17 anos. Os resultados estão publicados no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), realizado em 1.251 escolas de 124 cidades do país.
Para chegar às evidências obtidas, foram analisados os perfis glicêmico e lipídico dos indivíduos por meio de diagnósticos laboratoriais e, também, foram feitos exames físicos para avaliar pressão arterial, índice de massa corporal (IMC), entre outros indicadores.
O que se concluiu?
O consumo de bebidas açucaradas industrializadas (como o refrigerante), quando consumidos em quantidades diárias a partir de 450 ml dessas bebidas, podem resultar em condições excesso de peso e hipertensão.
Além disso, sabe-se que as calorias líquidas não garantem o mesmo nível de saciedade das calorias sólidas e, por isso, o consumo de bebidas açucaradas leva a um aumento calórico na dieta. Enquanto alternativas diet ou light carregam boas doses de sódio, o que pode influenciar no aumento da pressão arterial.
A enfermeira Ana Flavia Britto, uma das autoras do estudo, detalhou as evidências encontradas. “Os dados nos surpreenderam porque esses jovens acabam desenvolvendo fatores de risco cardiovascular muito precocemente, o que pode trazer impactos significativos pelo maior tempo de exposição a esses fatores.”
Ainda de acordo com a especialista, limitar o consumo de refrigerantes por adolescentes pode reduzir o ganho de peso e prevenir doenças relacionadas. “Já existem políticas públicas sendo implementadas mundialmente nesse sentido”, diz Britto. “Mas mudar hábitos alimentares considerados inadequados envolvem múltiplos fatores que precisam ser melhores compreendidos no contexto da adolescência em inquéritos nacionais”, conclui.
Com informações do site Vida Saudável, do Hospital Albert Einstein.