Reino Unido alerta para ‘maremoto’ de infecções com a Ômicron
Cepa se espalha em ritmo acelerado no país e faz especialistas aumentarem o nível de alerta
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, falou que um “maremoto” da variante Ômicron está prestes a atingir o país e pediu que todos os cidadãos britânicos tomem urgentemente a dose de reforço da vacina contra a covid-19.
A meta para reforçar a imunização de todos os adultos no país até o fim de janeiro foi antecipada em um mês.
“Ninguém deve duvidar de que há uma onda gigantesca de Ômicron chegando”, disse Johnson em um pronunciamento na TV.
A rapidez com que a variante Ômicron do coronavírus tem se espalhado pelo Reino Unido levou especialistas elevaram o nível de alerta para 4.
O quarto grau representa um nível alto ou crescente de transmissão da doença. O país enfrentou uma situação parecida em maio deste ano.
“Agora está claro que duas doses da vacina simplesmente não são suficientes para dar o nível de proteção de que todos precisamos. Mas a boa notícia é que nossos cientistas estão confiantes de que com uma terceira dose, uma dose de reforço, todos nós podemos aumentar nosso nível de proteção de volta”, afirmou o primeiro-ministro.
Para conter novos casos, Johnson, anunciou um endurecimento das restrições, como o teletrabalho generalizado e a obrigação de apresentação do passaporte da vacina em alguns locais.
Risco maior de reinfecção
A variante Ômicron apresenta um alto número de mutações que trazem preocupação. Embora ainda não tenha sido observado quadros graves provocados pela nova cepa, já se sabe que ela aumenta o risco de reinfecção, além de ser altamente transmissível.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante diminui a eficácia das vacinas.
A Pfizer, fabricante da vacina mais utilizada no mundo até o momento, afirmou que duas doses de seu imunizante podem não ser suficientes para proteger contra a variante Ômicron, mas que três doses são capazes de neutralizar a nova cepa.