Reino Unido já registra primeiros casos da variante Ômicron

Viajantes que estiveram na África ficarão isolados e seus contatos serão rastreados

O Reino Unido confirmou neste sábado, 27, os dois primeiros casos de contaminação pela variante Ômicron do coronavírus, que tem forçado vários países a adotarem medidas restritivas para conter sua disseminação.

Os casos identificados em Nottingham e Chelmsford são de viajantes que passaram recentemente por países do sul do continente africano, onde a cepa foi descoberta.

Reino Unido confirma primeiros casos da variante Ômicron
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Reino Unido confirma primeiros casos da variante Ômicron

“Esses indivíduos ficarão isolados com suas famílias enquanto mais testes e rastreamento de contato estão em andamento”, disse o ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid.

Em coletiva de imprensa neste sábado, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que irá reforçar as medidas sanitárias.

“Precisamos ganhar tempo enquanto nossos cientistas pesquisam, enquanto vacinamos e damos reforço”, disse.

Reino Unido vai obrigar viajantes a fazer quarentena ao entrarem no país
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Reino Unido vai obrigar viajantes a fazer quarentena ao entrarem no país

Boris Johnson também informou que qualquer pessoa que entrar no país deverá fazer um exame obrigatório do tipo PCR no segundo dia após a chegada e se isolar até o resultado do teste.

O premiê ainda reforçou o pedido para que as pessoas usem máscaras em ambientes fechados e no transporte público para diminuir as chances de dispersão da variante.

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Até o início da tarde deste sábado, ainda não havia nenhum caso confirmado da nova variante.

Como medida preventiva, o governo federal anunciou que, a partir de segunda-feira (29), voos vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue serão barrados. 

A decisão segue uma orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Número de mutações impressiona

A Ômicron foi classificada como uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela preocupa por conter o maior número de mutações já visto até agora em uma variante do coronavírus. São 50 no total.

“A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras VOCs (variantes de preocupação)”, disse a OMS.

Ainda não se sabe se as vacinas existentes são eficazes contra a nova cepa.