Remédio barato para diabetes pode reduzir risco de Alzheimer
Estudo, no entanto, destaca que benefício não é para todos
Um novo estudo identificou um remédio barato para diabetes que pode reduzir o risco de doença de Alzheimer.
O estudo, publicado na revista Neurology, descobriu que a pílula tomada por milhões de diabéticos poderia “reduzir pela metade” o risco da demência.
O medicamento é o Actos, conhecido como pioglitazona, ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue, aumentando o hormônio insulina.
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Os autores do estudo acreditam essa poderia ser uma oportunidade de intervir antes que progrida a doença progrida.
Estudo acompanhou os voluntários por 10 anos
Os benefícios associados à pílula foram mais fortes para aqueles que também tinham histórico de derrame ou doença isquêmica do coração.
Esses pacientes tinham 43% e 54% menos probabilidade de desenvolver demência, respectivamente.
Além do mais, esse valor foi calculado após contabilizar fatores potencialmente agravantes, como pressão alta, tabagismo e atividade física.
No geral, a incidência de demência caiu 16% entre os participantes que receberam o medicamento.
Curiosamente, quanto mais tempo os pacientes tomavam pioglitazona, menor era o risco.
A equipe de pesquisa relatou que o risco caiu 22% e 37% em pessoas que usaram o medicamento por dois e quatro anos, respectivamente.
Os resultados do estudo avaliaram os dados de 91.218 indivíduos na Coreia do Sul, com 3.467 participantes que faziam uso de pioglitazona. Os pesquisadores os acompanharam por uma média de dez anos.
No entanto, os resultados do estudo sugerem que apenas pessoas com diabetes podem colher esse benefício.
Em alguns estudos anteriores de pessoas com demência ou em risco de declínio cognitivo que não tinham diabetes, a pioglitazona não mostrou nenhuma proteção contra a demência.
A equipe acrescentou que são necessárias mais pesquisas, para avaliar a segurança a longo prazo do medicamento, bem como a dose ideal.