Remédio com poucos efeitos colaterais é a aposta contra insônia
Estudo aponta que fármaco tem eficácia comparável com outros medicamentos mais comumente utilizados
Um estudo japonês testou a eficácia de um remédio chamado Suvorexant, que tem sido considerado a arma mais potente e segura contra a insônia. A pílula para dormir, que já havia sido testada anteriormente e aprovada em alguns países, demonstrou ter pouquíssimos efeitos colaterais.
Diferentemente dos outros medicamentos dessa classe, o Suvorexant não prejudica o paciente física ou cognitivamente enquanto está agindo no organismo. Ele apenas inibe o sistema de estado de vigília, sem afetar outras áreas do cérebro, de acordo com os cientistas.
Outros fármacos usados no tratamento dos insones geram preocupação porque podem prejudicar a capacidade normal de respostas a estímulos inesperados durante o sono. Isso poderia representar um problema sério em situações urgentes em que é necessário que a pessoa desperte no meio da noite. “Uma droga que atue especificamente nos receptores cerebrais envolvidos na vigília, e não no cérebro inteiro, poderia evitar isso”, explica Jaehoon Seol, um dos autores do estudo.
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Teste em voluntários
Para testar a eficácia do medicamento, os cientistas trabalharam com 30 voluntários saudáveis do sexo masculino, que foram divididos em três grupos. O primeiro foi tratado com Suvorexant, o segundo testou Brotizolam e o terceiro tomou placebo.
As pílulas eram tomadas 15 minutos antes dos voluntários irem dormir e, após 90 minutos de sono, eles eram despertados. Testes de função física e cognitiva foram realizados antes de serem medicados, após o despertar forçado e na manhã seguinte.
No resultado dos testes, os cientistas observaram que o Suvorexant causou menos prejuízos no equilíbrio corporal ao acordar em comparação com o Brotizolam, por exemplo.
Além disso, de acordo com pesquisadores, o fármaco em questão foi tão eficaz quanto o Brotizolam no tratamento da insônia, com efeitos comparáveis na duração e qualidade do sono. O resultado do estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).