Remédio para diabetes ajuda a prevenir doenças cardíacas
Remédio pode reduzir em até 14% o risco de morte por doenças como infarto e AVC
Estudo recente desenvolvido pela farmacêutica dinamarquesa Nordisk elaborou um importante estudo sobre o uso do medicamento oral Rybelsus, usado no controle da diabetes tipo 2.
Isso porque o medicamento tem chamado atenção não apenas pelo tratamento da doença, mas também pelo potencial de reduzir em até 14% o risco de morte por problemas cardiovasculares, como infartos e AVCs.
O Rybelsus, aprovado no Brasil pela Anvisa em 2020, é a versão oral da semaglutida e está disponível em três dosagens: 3 mg, 7 mg e 14 mg.
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Na pesquisa, 9.650 pacientes com diabetes tipo 2 e histórico de doenças cardiovasculares ou renais foram divididos em dois grupos, um recebendo o medicamento e o outro placebo.
Por que remédio para diabetes ajuda a prevenir doenças cardíacas?
Os resultados mostraram uma redução significativa em eventos cardiovasculares graves entre os que tomaram Rybelsus, em comparação com o grupo placebo. O vice-presidente da Novo Nordisk, Martin Holst Lange, ressaltou a importância dessa inovação para os pacientes com diabetes tipo 2, que frequentemente convivem com complicações cardíacas.
A diabetes tipo 2 afeta globalmente cerca de 462 milhões de pessoas, correspondendo a 6,28% da população. É uma condição que surge quando o corpo não utiliza a insulina de forma eficaz, geralmente agravada por fatores como excesso de peso, sedentarismo e má alimentação.
Relação entre diabetes e doenças cardíacas
Além de ser uma das principais causas de doenças cardíacas, até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 podem morrer de complicações cardiovasculares. Dessa forma, remédios que tratam ambas as condições representam um avanço significativo no cuidado com a saúde.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos gratuitos para diabetes, mas ainda carece de opções específicas para obesidade. Um estudo recente sobre o Wegovy, outra medicação da Novo Nordisk, mostrou uma redução de 20% no risco de problemas cardíacos em pacientes obesos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é considerada uma doença crônica que exige tratamento multidisciplinar, com suporte de nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos.
A obesidade, um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes, é frequentemente subestimada. Uma pesquisa publicada em 2019 revelou que muitos pacientes esperam até seis anos para buscar tratamento.
E as previsões indicam que, até 2044, quase metade da população adulta brasileira estará obesa, o que desafia ainda mais o sistema de saúde. Essa situação alerta para a necessidade urgente de ampliação das políticas de saúde, que incluam tratamentos para obesidade e reforcem o controle de doenças crônicas.