Remédio para obesidade tem efeito semelhante ao da bariátrica

Estudo mostrou que é possível perder uma média de 12% do peso em uma média de 16 dias

Imagine obter os benefícios da cirurgia bariátrica sem passar pela faca. Pois um remédio experimental para obesidade poderia fazer exatamente isso.

Em teste em laboratório, o tratamento reduziu drasticamente o peso e diminuiu a açúcar no sangue de camundongos.

O composto injetável ​​apelidado de GEP44 também demonstrou evitar os efeitos colaterais de náusea e vômito que são comuns com os medicamentos atuais para perda de peso e diabetes.

Remédio experimental para obesidade apresenta resultados semelhantes aos da bariátrica
Créditos: Shisanupong Khankaew/istock
Remédio experimental para obesidade apresenta resultados semelhantes aos da bariátrica

O estudo foi apresentado na quarta-feira, 29, na reunião de primavera da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês.

Perda de 12% no peso

A bariátrica está ligada a uma alteração nos níveis de secreção intestinal de certos hormônios que sinalizam plenitude, reduzem o apetite e normalizam o açúcar no sangue.

As drogas atuais que visam replicar esse efeito ativam principalmente os receptores celulares para GLP-1 no pâncreas e no cérebro. Essa abordagem mostrou grande sucesso na redução de peso e no tratamento do diabetes tipo 2. Porém, muitas pessoas não toleram os efeitos colaterais das drogas.

Por isso, os pesquisadores se dedicaram a resolver essa questão.

Após 16 dias, os ratos haviam perdido 12% do seu peso, três vezes mais do que os animais que receberam liraglutida. Isso deixou evidente, na avaliação dos pesquisadores, o potencial da substância para reduzir “drasticamente” o peso corporal.

Essa perda de peso, segundo os cientistas, se deve ao fato de o novo tratamento não apenas induzir a saciedade, mas também aumentar a queima de calorias.

O estudo também relata que os ratos tratados com este novo composto mantêm seu físico novo e mais magro mesmo após o término do tratamento. Isso muitas vezes não é o que acontece com os medicamentos atualmente aprovados. Houve também redução dos níveis de açúcar no sangue.