Remédios sem autorização poderiam evitar 1,5 milhão de casos de câncer

Pesquisadores defendem que países sigam agilidade de programas de aprovação adotados pelos EUA

Um estudo publicado na revista Harvard Business Review afirma que cerca de 1,5 milhão de vidas poderiam ser salvas todos os anos se o mundo trabalhasse em conjunto para aprovar mais rapidamente novos remédios contra o câncer.

O número foi baseado em quanto tempo levou dois medicamentos recentes contra o câncer para serem aprovados em todo o mundo depois que eles receberam autorização nos Estados Unidos.

 Remédios sem autorização poderiam evitar 1,5 milhão de casos de câncer
Créditos: Plyushkin/istock
 Remédios sem autorização poderiam evitar 1,5 milhão de casos de câncer

Câncer de pulmão e de próstata

Um desses medicamentos analisados pelos pesquisadores é o Pembrolizumab, um tratamento eficaz para a maioria dos cânceres de pulmão, que foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em 2016.

O outro é o enzalutamida, que combate o câncer de próstata, o segundo mais diagnosticado no mundo entre os homens. Esse medicamento foi aprovado nos Estados Unidos em 2012, mas a China, por exemplo, levou sete anos para autorizá-lo por conta da exigência de testes separados a serem realizados lá.

De acordo com a análise, os pesquisadores estimaram que, se cada um dos aproximadamente sete medicamentos contra o câncer aprovados pela FDA por ano fosse autorizado em todo o mundo ao mesmo tempo, isso reduziria o número de mortes relacionadas ao câncer em 10-20%.

Esse total representa cerca de 1,5 milhão das cerca de 10 milhões de pessoas que morrem de câncer todos os anos.

Os autores da análise pediram aos países que adotem o Projeto Orbis, uma estrutura liderada pelos EUA com o objetivo de testar e aprovar medicamentos contra o câncer ao mesmo tempo em vários países.