Saiba o que é lipedema, doença desconhecida para a maioria das pessoas

Diagnosticado pela primeira vez em 1940, o lipedema atinge cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil

Diagnosticado pela primeira vez em 1940, o lipedema atinge cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil – iStock/Getty Images
Créditos: iSTock
Diagnosticado pela primeira vez em 1940, o lipedema atinge cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil – iStock/Getty Images

Embora desconhecida para a maioria das pessoas, o lipedema acomete entre 9% e 10% das mulheres adultas do Brasil, equivalente a cerca de 5 milhões de brasileiras. Também conhecido como síndrome da gordura dolorosa, o lipedema é uma doença crônica que se caracteriza pelo acúmulo desproporcional de gordura pelo corpo.

Por que confundem lipedema com obesidade?

Relatada especialmente nas pernas, de forma bilateral, quando atinge ambos os lados simultaneamente, a condição causa inchamento e furinhos, o que levam as pessoas a confundir com obesidade e a celulite. E para além do desconforto estético, a doença provoca também desconforto físico.

O que é o lipedema?

Descrita pela primeira vez pela Clínica Mayo, localizada nos Estados Unidos, em 1940, ainda há muito desconhecimento a seu respeito. O que se sabe, no entanto, é que na doença a gordura é diferente da que possuímos em nosso organismo.

Entre os sintomas relatados, o lipedema causa dor, peso e alta sensibilidade ao toque e o surgimento de hematomas espontâneos. Em casos mais avançados, a doença pode evoluir para limitação da mobilidade física e danos no sistema linfático.

O que causa o lipedema?

Embora as causas do lipedema sejam desconhecidas, já se sabe que há uma influência genética em 2/3 dos casos, e que os hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, são gatilhos para o seu desenvolvimento. Não por acaso, 90% dos casos ocorrem em mulheres e surgem normalmente em períodos de alterações hormonais, como no uso de anticoncepcionais, gestação, tratamento de infertilidade e menopausa.

A pessoa com lipedema pode enfrentar prejuízos emocionais e psiquiátricos, já que frequentemente os exercícios físicos e dietas não trazem resultados perceptíveis, ocasionando frustração e impactos na autoestima.