Saiba mais sobre a variante indiana que causa preocupação no mundo
Estudos já mostram que a cepa é mais transmissível e, por isso, foi considerada "preocupante" pela OMS
Enquanto o coronavírus circular livremente nos países, novas variantes irão surgir. Essa é a lógica para a qual cientistas vem alertando. Com alguns países vivendo a segunda e até a terceira ondas da covid-19, o mundo agora enfrenta outro motivo de preocupação, uma nova cepa, chamada de B.1.617, ou variante indiana, que já chegou ao Brasil.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa cepa é mais contagiosa e considerada “preocupante”, mas ainda é investigado se ela está relacionada a quadros mais graves de covid-19 e se ela aumenta o risco de reinfecção.
Além da indiana, são consideradas “variantes de preocupação global”: a britânica (B.1.1.7), a sul-africana (B.1.351), a brasileira (P.1).
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
- Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
Ainda segundo a OMS, a cepa indiana já foi detectada em 49 países e 4 territórios até agora e já apresenta três versões, com pequenas variações entre elas: a B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3.
Embora a B.B.1.617 venha sendo apontada como a responsável pela explosão de casos na Índia, que enfrenta recordes diários de casos e de mortes, a OMS ressalta que o aumento da transmissão no país ainda não é totalmente compreendido. Vários fatores podem ter relação, como aglomerações em eventos religiosos e políticos e baixa adesão a medidas de prevenção.
E como ficam as vacinas? Dão conta da variante indiana?
Estudos feitos até agora indicam que sim, embora essa variante reduza a eficácia dos imunizantes. Uma investigação feita no Reino Unido apontou que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca/Oxford são “altamente efetivas” contra essa variante após as duas doses.
A fórmula da Pfizer apresentou efetividade de 88% contra a doença sintomática causada pela mutação indiana duas semanas após a segunda dose. Essa taxa de eficácia foi menor que a observada contra a variante britânica (B.1.1.7), de 93%.
Já o imunizante da AstraZeneca/Oxford demonstrou 60% de eficácia contra a cepa que se originou na Índia, duas semanas após a aplicação da segunda dose. Eficácia também menor que a registrada contra a variante britânica (B.1.1.7), de 66%.
Estudos sobre a eficiência da vacina CoronaVac em relação á variante indiana ainda estão e andamento.