Saiba quando a Ritalina volta às farmácias
No Brasil, o remédio é o mais conhecido tratamento para o TDAH
Quem faz uso da Ritalina pode ter tido dificuldade de encontrá-la à venda neste mês. De acordo com os fabricantes, a alta procura fez com que o medicamento sumisse das farmácias.
O remédio, cujo princípio ativo é o cloridrato de metilfenidato, é um estimulante do sistema nervoso central e usado em casos de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e narcolepsia, que é um transtorno do sono.
O Grupo Novartis e a Sandoz do Brasil, sua divisão de medicamentos genéricos, informaram houve um atraso no trâmite da liberação dos lotes, que são importados dos EUA, e que por isso os novos lotes, nas apresentações de 10 mg, 20 mg e 30 mg, ainda não chegaram.
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Mas segundo a Novartis, o abastecimento deve ser normalizado nos próximos dias.
Uso indevido de Ritalina
De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos, o Brasil assumiu o posto de segundo maior consumidor de Ritalina do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Além de pacientes que fazem uso da medicação por indicação médica, há muitas pessoas que recorrem à droga por seus benefícios.
Nos últimos anos, o medicamento virou moda entre os estudantes que a utilizam para melhorar a concentração no período pré-prova. No entanto, seu uso sem o devido acompanhamento médico traz riscos, que vão desde problemas cardíacos a alucinações, sem falar na grande possibilidade de o usuário se viciar.
A bula alerta para NÃO fazer uso desse medicamento em caso de:
- Ser alérgico (hipersensíveis) ao metilfenidato ou a qualquer outro componente de Ritalina;
- Ansiedade, tensão ou agitação;
- Problema da tireoide;
- Problemas cardíacos, como ataque cardíaco, batimento cardíaco irregular, dor no peito (angina), insuficiência cardíaca, doença cardíaca ou se nasceu com problema do coração;
- Pressão sanguínea muito alta (hipertensão) ou estreitamento dos vasos sanguíneos (doença arterial oclusiva que pode causar dor nos braços e pernas);
- Estiver tomando um medicamento chamado “inibidor da monoamino oxidase” (IMAO), utilizado no tratamento da depressão ou tiver tomado IMAO nas últimas duas semanas;
- Pressão ocular aumentada (glaucoma);
- Tumor da glândula adrenal chamado feocromocitoma;
- Fala e movimentos corpóreos incontroláveis (síndrome de Tourette) ou se qualquer outro membro da família for portador desta síndrome.