Seu ombro pode sinalizar diabetes; entenda como
A doença quando está sem controle pode causar uma condição conhecida como "ombro congelado", que provoca dor e dificuldade de movimentação
O diabetes é uma condição metabólica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, muitas vezes apresentando sinais silenciosos ou sintomas que podem passar despercebidos. Um desses sinais inesperados pode estar relacionado ao ombro. Dores, rigidez ou limitações nos movimentos dessa articulação podem ser um alerta de diabetes, indicando complicações associadas ao controle inadequado do açúcar no sangue.
Uma condição frequentemente associada ao diabetes é a capsulite adesiva, mais conhecida como “ombro congelado”. Ela se caracteriza pela inflamação e enrijecimento da cápsula que envolve a articulação do ombro, dificultando os movimentos e causando dores intensas.
Estudos indicam que pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver essa condição devido a alterações nos tecidos causadas pelos altos níveis de glicose.
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Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 estão associados a essa complicação.
Quando os níveis de glicose permanecem elevados por longos períodos, ocorre uma glicação das proteínas, um processo que resulta na rigidez dos tecidos e pode desencadear a capsulite adesiva.
Por que o diabetes causa dor e rigidez no ombro?
A presença constante de níveis altos de glicose no sangue pode provocar uma diminuição da elasticidade dos tecidos articulares, tornando-os mais suscetíveis à inflamação e cicatrização anormal.
Além disso, a glicose em excesso pode se acumular no colágeno das articulações, prejudicando a sua flexibilidade.
Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da capsulite adesiva em diabéticos incluem:
- Neuropatia diabética: a deterioração dos nervos pode afetar a percepção da dor e levar a uma menor mobilidade articular.
- Inflamação crônica: o diabetes está associado a um estado inflamatório sistêmico, que pode afetar as articulações, incluindo o ombro.
- Redução do fluxo sanguíneo: problemas circulatórios comuns em diabéticos podem reduzir o suprimento de nutrientes para as articulações, agravando o quadro de rigidez.
O tratamento para a capsulite adesiva pode envolver uso de medicamentos e sessões de fisioterapia. Em casos mais graves, pode ser necessário procedimento cirúrgico.