Seu tornozelo travado está sabotando toda sua corrida sem você saber
Entenda como limitação articular compromete eficiência da passada e causa lesões
Tornozelos rígidos costumam passar despercebidos nos treinos de corrida, mas podem comprometer a eficiência dos movimentos e aumentar as chances de lesões. Facilitando o avanço da passada, uma boa mobilidade articular é peça-chave para quem busca melhor desempenho e segurança durante a atividade.
Nos próximos tópicos, serão abordados desde o impacto funcional da mobilidade do tornozelo até exercícios práticos e intervenções comprovadas para destravar esse eixo tão importante na corrida.

Por que o tornozelo livre faz diferença para corredores?
O correto funcionamento do tornozelo permite absorver impactos e impulsionar o corpo com precisão, evitando sobrecarga em outras articulações. Quando há limitação, o ajuste do movimento se desloca para musculaturas do joelho e do quadril, alterando o padrão da corrida.
Ainda, estudos mostram que a dorsiflexão restrita, ou seja, a dificuldade em puxar o pé para cima, reduz a eficiência em arrancadas e saltos, diminuindo o potencial de explosão dos atletas.
O que pode acontecer se a mobilidade do tornozelo estiver prejudicada?
Deixar de trabalhar essa região pode resultar instabilidade, dificuldades em saltos e maior chance de torções. Como o corpo tenta compensar, é comum sentir sobrecarga em outras áreas com o tempo.
Pesquisas também apontam que limitações no movimento do tornozelo fazem com que corredores usem mais a força do quadril, desequilibrando a distribuição da carga e favorecendo lesões.
Quais exercícios simples destravam a articulação antes da corrida?
Existem movimentos práticos para ativar e preparar o tornozelo antes do treino. Abaixo, estão os exercícios mais indicados para esse aquecimento:
- Mobilizações articulares: Círculos com o pé e movimento de flexão dorsal, promovendo lubrificação intensa da articulação;
- Alongamento dinâmico: Inclinação do corpo contra a parede com o calcanhar no chão para liberar tendão de Aquiles e panturrilha;
- Controle ativo: Levantar a ponta dos pés, ativando os músculos da frente da canela;
- Equilíbrio em um pé só: Fortalece a propriocepção e reforça o tornozelo para impactos da corrida.

Quais técnicas profissionais podem melhorar a mobilidade do tornozelo?
Fisioterapeutas utilizam mobilizações manuais, como deslizamentos na articulação tibiofibular distal, que contribuem para aumentar a amplitude de dorsiflexão em poucas sessões.
Programas corretivos com associação de liberação, alongamento e fortalecimento promovem avanços visíveis na mobilidade, estabilidade e controle postural de atletas que apresentam limitação articular.
Como e quando inserir exercícios de tornozelo na rotina de treinos?
É recomendado incluir mobilidade antes de treinos mais intensos ou longos, reservando de 5 a 10 minutos para ativação articular. Isso aprimora tanto o desempenho como a segurança do corredor.
Para quem identifica restrição mais persistente, sessões dedicadas de mobilização de duas a três vezes por semana podem ser utilizadas para ganhos consistentes e prevenção de lesões.