Seu tornozelo travado está sabotando toda sua corrida sem você saber

Entenda como limitação articular compromete eficiência da passada e causa lesões

23/11/2025 21:36

Tornozelos rígidos costumam passar despercebidos nos treinos de corrida, mas podem comprometer a eficiência dos movimentos e aumentar as chances de lesões. Facilitando o avanço da passada, uma boa mobilidade articular é peça-chave para quem busca melhor desempenho e segurança durante a atividade.

Nos próximos tópicos, serão abordados desde o impacto funcional da mobilidade do tornozelo até exercícios práticos e intervenções comprovadas para destravar esse eixo tão importante na corrida.

O correto funcionamento do tornozelo permite absorver impactos e impulsionar o corpo com precisão
O correto funcionamento do tornozelo permite absorver impactos e impulsionar o corpo com precisão

Por que o tornozelo livre faz diferença para corredores?

O correto funcionamento do tornozelo permite absorver impactos e impulsionar o corpo com precisão, evitando sobrecarga em outras articulações. Quando há limitação, o ajuste do movimento se desloca para musculaturas do joelho e do quadril, alterando o padrão da corrida.

Ainda, estudos mostram que a dorsiflexão restrita, ou seja, a dificuldade em puxar o pé para cima, reduz a eficiência em arrancadas e saltos, diminuindo o potencial de explosão dos atletas.

O que pode acontecer se a mobilidade do tornozelo estiver prejudicada?

Deixar de trabalhar essa região pode resultar instabilidade, dificuldades em saltos e maior chance de torções. Como o corpo tenta compensar, é comum sentir sobrecarga em outras áreas com o tempo.

Pesquisas também apontam que limitações no movimento do tornozelo fazem com que corredores usem mais a força do quadril, desequilibrando a distribuição da carga e favorecendo lesões.

Quais exercícios simples destravam a articulação antes da corrida?

Existem movimentos práticos para ativar e preparar o tornozelo antes do treino. Abaixo, estão os exercícios mais indicados para esse aquecimento:

  1. Mobilizações articulares: Círculos com o pé e movimento de flexão dorsal, promovendo lubrificação intensa da articulação;
  2. Alongamento dinâmico: Inclinação do corpo contra a parede com o calcanhar no chão para liberar tendão de Aquiles e panturrilha;
  3. Controle ativo: Levantar a ponta dos pés, ativando os músculos da frente da canela;
  4. Equilíbrio em um pé só: Fortalece a propriocepção e reforça o tornozelo para impactos da corrida.
O correto funcionamento do tornozelo permite absorver impactos e impulsionar o corpo com precisão
O correto funcionamento do tornozelo permite absorver impactos e impulsionar o corpo com precisão

Quais técnicas profissionais podem melhorar a mobilidade do tornozelo?

Fisioterapeutas utilizam mobilizações manuais, como deslizamentos na articulação tibiofibular distal, que contribuem para aumentar a amplitude de dorsiflexão em poucas sessões.

Programas corretivos com associação de liberação, alongamento e fortalecimento promovem avanços visíveis na mobilidade, estabilidade e controle postural de atletas que apresentam limitação articular.

Como e quando inserir exercícios de tornozelo na rotina de treinos?

É recomendado incluir mobilidade antes de treinos mais intensos ou longos, reservando de 5 a 10 minutos para ativação articular. Isso aprimora tanto o desempenho como a segurança do corredor.

Para quem identifica restrição mais persistente, sessões dedicadas de mobilização de duas a três vezes por semana podem ser utilizadas para ganhos consistentes e prevenção de lesões.