Sinais de Alzheimer que podem surgir no estágio inicial
Reconheça os primeiros sinais do Alzheimer e saiba como agir para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
A maioria das pessoas ainda desconhece quais mudanças podem realmente indicar o início da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.
Embora não exista uma cura, os tratamentos disponíveis podem retardar a progressão da doença. Por isso, é importante obter um diagnóstico o mais cedo possível para iniciar o tratamento.
Segundo Alzheimer’s Disease International, no Brasil, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas vivem com demência, com 100 mil novos casos diagnosticados anualmente. Globalmente, esse número chega a 50 milhões, destacando a necessidade de maior conscientização e diagnóstico precoce.
Sintomas iniciais no estágio leve
No estágio inicial, alguns sintomas começam a se manifestar. Entre os sinais mais evidentes estão a confusão, dificuldade de memória, esquecimentos frequentes, mudanças de humor e problemas na fala. Esses sintomas são decorrentes da perda gradual das funções cerebrais.
O que acontece no cérebro com o Alzheimer?
No Alzheimer, ocorre a destruição das células nervosas e das conexões entre elas (sinapses). Com o tempo, essa destruição causa a deterioração das funções cerebrais e o encolhimento do órgão.
Depósitos típicos no cérebro, como fragmentos de proteínas que se aglomeram entre as células nervosas formando as chamadas placas (beta-amiloide), dificultam a transmissão dos sinais entre as células.
Além disso, feixes semelhantes a fios de outra proteína (tau) também estão presentes nas células nervosas que estão morrendo.
Principais sinais de Alzheimer
- Perda de memória
O primeiro impacto da doença geralmente é na área do cérebro que controla a memória e a fala.
Lapsos de memória que afetam a vida diária, como esquecer eventos ou informações recentemente aprendidas, e dificuldades para lembrar nomes e palavras durante conversas, são comuns.
À medida que a doença progride, memórias mais antigas e até mesmo rostos familiares podem ser esquecidos.
- Confusão com tempo e espaço
A desorientação em relação ao tempo e ao espaço é outro sinal clássico do Alzheimer. Indivíduos podem ter dificuldades para lembrar datas ou entender onde estão, o que pode causar grande confusão e desorientação.
- Dificuldade de planejamento e resolução de problemas
Com a progressão da doença, a capacidade de planejar e resolver problemas se deteriora. Isso pode se manifestar em dificuldades para gerenciar tarefas cotidianas, como pagar contas ou seguir uma receita de cozinha.
- Dificuldade na fala
A comunicação pode se tornar desafiadora para pessoas com Alzheimer. Muitos têm dificuldade em acompanhar uma conversa, usar palavras inadequadas ou perdem o fio da meada. A repetição frequente de palavras ou frases também é um sinal de alerta.
- Mudanças na personalidade e no comportamento
Alterações significativas de humor e personalidade são comuns. Indivíduos podem sentir desconforto em ambientes desconhecidos, desconfiança repentina, comportamento agressivo, sentimentos de desamparo, tristeza e inquietação, sem razão aparente.
Fatores de risco para o Alzheimer
- Envelhecimento
O envelhecimento é um dos principais fatores de risco para a doença de Alzheimer. Alterações no cérebro associadas ao envelhecimento aumentam o risco de desenvolvimento da doença. Após os 65 anos, o número de pessoas com Alzheimer duplica a cada cinco anos, conforme dados da OMS.
- Histórico familiar e genética
Ter parentes de primeiro grau diagnosticados com Alzheimer aumenta a probabilidade de desenvolver a doença. Além disso, a presença do gene APOE-e4 é um fator genético significativo que contribui para o risco.
- Estilo de Vida
Hábitos de vida como sedentarismo, má alimentação e tabagismo podem aumentar o risco de Alzheimer. Um estilo de vida saudável, incluindo exercício regular e uma dieta equilibrada, pode ajudar a reduzir esse risco.
- Condições Médicas
Condições como hipertensão, diabetes e colesterol alto estão associadas ao desenvolvimento de Alzheimer. Manter essas condições sob controle é crucial para minimizar o risco.
- Lesões cerebrais e nível educacional
Lesões cerebrais traumáticas e um baixo nível educacional, que pode refletir uma menor reserva cognitiva, também são considerados fatores de risco. A educação e a estimulação cognitiva ao longo da vida podem ajudar a aumentar a reserva cognitiva e a resistência ao declínio cognitivo.