Síndrome de Tourette: a doença que afeta Cara de Sapato do BBB 23

A condição é crônica e não tem cura. Veja os sintomas que ela pode provocar

03/02/2023 10:40

Em conversa dentro do casa do BBB 23, o lutador de MMA Antônio Carlos, conhecido como Cara de Sapato, revelou que convive com a Síndrome de Tourette desde a infância. A condição é um distúrbio do sistema nervoso que provoca tiques motores ou vocais.

“Eu tenho os tiques da Síndrome de Tourette desde os 7 anos de idade. Coisas que eu vejo hoje de inseguranças e medo e tudo isso na minha vida como adulto, enxergo que veio da minha infância”, disse o participante do reality.

“Faço terapia desde moleque. Desde moleque eu tenho tique, eu era muito hiperativo. Então meu pai e minha mãe sempre me levaram”, acrescentou.

Cara de Sapato disse conviver com a Síndrome de Tourette
Cara de Sapato disse conviver com a Síndrome de Tourette - reprodução/TVGlobo

Síndrome de Tourette

A síndrome provoca espasmos, movimentos ou sons súbitos que as pessoas fazem repetidamente, sem conseguir impedir que isso acontece.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, os tiques motores incluem piscar, encolher os ombros ou sacudir um braço.

Já os tiques vocais são sons que uma pessoa faz involuntariamente. Exemplos: tossir, fungar, limpar a garganta ou emitir som de grunhido.

Ainda de acordo com o CDC, os sintomas geralmente começam quando a criança tem 5 a 10 anos de idade. Os primeiros sinais geralmente são tiques motores que ocorrem na região da cabeça e pescoço. Os tiques geralmente são piores em momentos estressantes ou emocionantes. Eles tendem a melhorar quando a pessoa está calma ou focada em uma atividade.

Na maioria dos casos, os tiques diminuem durante a adolescência e início da idade adulta e, às vezes, desaparecem completamente. No entanto, muitas pessoas experimentam tiques na idade adulta e, em alguns casos, os tiques podem piorar nessa fase.

Tratamento

Mesmo que os sintomas apareçam, desapareçam e reapareçam, a condição é considerada crônica e não tem cura. Porém, a síndrome pode ser tratada, caso afete a vida social.  A terapia comportamental cognitiva é um dos tratamentos possíveis e que vem demonstrando bons resultados na reversão de hábitos. Em outros casos, o médico pode optar por tratamento com medicamentos antipsicóticos.