Os sintomas de sífilis para você se atentar; saiba reconhecer
Veja o que é sífilis, como a doença se espalha, os riscos na gravidez, os sintomas em cada estágio e, principalmente, como prevenir
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria denominada Treponema pallidum.
A infecção se espalha de pessoa para pessoa, por meio do contato direto com uma ferida sifilítica, conhecida como cancro. Essa ferida ocorre no pênis, vagina, ânus, reto, lábios ou boca e pode ser transmitida durante o sexo vaginal, anal ou oral.
Há também a possibilidade da doença ser congênita, quando ocorre a transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto.
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Quais são os sintomas da sífilis?
Os principais sintomas da sífilis aparecem como uma ferida indolor, que surge na região genital, anal ou na boca.
Além disso, há sintomas como o aparecimento de manchas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. É crucial frisar que a detecção da sífilis pode variar de acordo com o estágio de infecção da pessoa. Assim, identificar os sintomas nos primeiros estágios da doença é primordial para evitar complicações.
Os sinais de sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:
1º estágio – Sífilis primária
Nesta fase inicial, a enfermidade se apresenta como uma única úlcera no local que teve contato com a bactéria, que pode ser a boca, a vagina, o pênis, o ânus, entre outras regiões. O período de manifestação pode variar de 10 dias a 3 meses após o contágio.
Normalmente, a lesão não provoca dor, coceira ou secreção, podendo estar acompanhada por nódulos na virilha. Ela geralmente desaparece de maneira espontânea após 2 a 6 semanas, o que pode levar o paciente a ignorá-la, resultando no adiamento do diagnóstico e do tratamento adequado.
2º estágio – Sífilis secundária
Se a doença não for tratada durante a fase primária, pode evoluir para esta etapa, que ocorre de 6 semanas a 6 meses após a primeira manifestação.
Acaba sendo comum o surgimento de manchas avermelhadas no corpo ricas em bactérias, inclusive nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Além disso, febre, mal-estar, dor de cabeça e gânglios pelo corpo podem ocorrer.
O desafio é que essas manchas podem ser confundidas com outras condições, já que desaparecem em algumas semanas, criando a falsa impressão de cura.
3º estágio – Sífilis latente
Sem sinais ou sintomas visíveis, o diagnóstico nessa fase ocorre apenas por meio de testes imunológicos, motivados por alguma suspeita da presença da doença.
Essa fase pode ser latente recente – até um ano após a infecção – e latente tardia – mais de um ano após a infecção. A fase persiste até o surgimento de sintomas da forma secundária ou terciária.
4º estágio – Sífilis terciária
É o estágio mais avançado e perigoso da doença, podendo se manifestar entre 1 e 40 anos após o contágio.
As manifestações assumem a forma de lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo ser graves, inclusive resultando na morte do paciente.
Quando a sífilis pode passar despercebida?
Uma pessoa pode estar infectada com sífilis sem ter conhecimento disso, pois a doença pode surgir e desaparecer, persistindo no organismo. Portanto, é crucial adotar medidas de proteção e realizar testes.
A transmissão entre adultos ocorre por meio de relações sexuais, avançando por estágios distintos, sendo os dois primeiros os mais propensos à contaminação.
Garantir o uso de preservativos durante atividades sexuais, realizar exames periódicos e procurar aconselhamento médico são ações que desempenham um papel crucial na prevenção e controle dessa enfermidade.
A IST na gestação
A sífilis também pode afetar a saúde de gestantes e de bebês. O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal é uma medida de prevenção contra a sífilis congênita.
Se a gestante estiver com a doença, a criança pode nascer com má formação, cegueira, surdez ou deficiência mental. A mulher ainda pode sofrer o aborto ou o feto pode vir a óbito durante a gestação ou no parto.
Diagnóstico e tratamento da doença
O diagnóstico da sífilis pode ser feito através de um teste rápido ou exames de sangue laboratoriais. Em caso positivo, o tratamento é realizado com antibióticos.
Os exames devem ser repetidos após o tratamento para assegurar a eliminação da bactéria, ainda que o indivíduo continue com o registro de exame positivo para sempre (cicatriz sorológica).
Como o melhor método de prevenção é o uso de preservativo durante as relações sexuais, as pessoas com múltiplos parceiros sexuais devem realizar testes periódicos para evitar que a doença avance para outros estágios.