Os sintomas de sífilis para você se atentar; saiba reconhecer
Veja o que é sífilis, como a doença se espalha, os riscos na gravidez, os sintomas em cada estágio e, principalmente, como prevenir
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria denominada Treponema pallidum.
A infecção se espalha de pessoa para pessoa, por meio do contato direto com uma ferida sifilítica, conhecida como cancro. Essa ferida ocorre no pênis, vagina, ânus, reto, lábios ou boca e pode ser transmitida durante o sexo vaginal, anal ou oral.
Há também a possibilidade da doença ser congênita, quando ocorre a transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto.
- Síndrome do intestino irritável: as causas e sintomas mais comuns
- Sintoma de demência pode ser identificado em conversas do dia a dia. Fique atento aos sinais!
- 9 sinais de demência precoce para ficar atento em você e em seus familiares
- Os estágios iniciais da doença de Parkinson que você precisa conhecer
Quais são os sintomas da sífilis?
Os principais sintomas da sífilis aparecem como uma ferida indolor, que surge na região genital, anal ou na boca.
Além disso, há sintomas como o aparecimento de manchas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. É crucial frisar que a detecção da sífilis pode variar de acordo com o estágio de infecção da pessoa. Assim, identificar os sintomas nos primeiros estágios da doença é primordial para evitar complicações.
Os sinais de sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:
1º estágio – Sífilis primária
Nesta fase inicial, a enfermidade se apresenta como uma única úlcera no local que teve contato com a bactéria, que pode ser a boca, a vagina, o pênis, o ânus, entre outras regiões. O período de manifestação pode variar de 10 dias a 3 meses após o contágio.
Normalmente, a lesão não provoca dor, coceira ou secreção, podendo estar acompanhada por nódulos na virilha. Ela geralmente desaparece de maneira espontânea após 2 a 6 semanas, o que pode levar o paciente a ignorá-la, resultando no adiamento do diagnóstico e do tratamento adequado.
2º estágio – Sífilis secundária
Se a doença não for tratada durante a fase primária, pode evoluir para esta etapa, que ocorre de 6 semanas a 6 meses após a primeira manifestação.
Acaba sendo comum o surgimento de manchas avermelhadas no corpo ricas em bactérias, inclusive nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Além disso, febre, mal-estar, dor de cabeça e gânglios pelo corpo podem ocorrer.
O desafio é que essas manchas podem ser confundidas com outras condições, já que desaparecem em algumas semanas, criando a falsa impressão de cura.
3º estágio – Sífilis latente
Sem sinais ou sintomas visíveis, o diagnóstico nessa fase ocorre apenas por meio de testes imunológicos, motivados por alguma suspeita da presença da doença.
Essa fase pode ser latente recente – até um ano após a infecção – e latente tardia – mais de um ano após a infecção. A fase persiste até o surgimento de sintomas da forma secundária ou terciária.
4º estágio – Sífilis terciária
É o estágio mais avançado e perigoso da doença, podendo se manifestar entre 1 e 40 anos após o contágio.
As manifestações assumem a forma de lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo ser graves, inclusive resultando na morte do paciente.
Quando a sífilis pode passar despercebida?
Uma pessoa pode estar infectada com sífilis sem ter conhecimento disso, pois a doença pode surgir e desaparecer, persistindo no organismo. Portanto, é crucial adotar medidas de proteção e realizar testes.
A transmissão entre adultos ocorre por meio de relações sexuais, avançando por estágios distintos, sendo os dois primeiros os mais propensos à contaminação.
Garantir o uso de preservativos durante atividades sexuais, realizar exames periódicos e procurar aconselhamento médico são ações que desempenham um papel crucial na prevenção e controle dessa enfermidade.
A IST na gestação
A sífilis também pode afetar a saúde de gestantes e de bebês. O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal é uma medida de prevenção contra a sífilis congênita.
Se a gestante estiver com a doença, a criança pode nascer com má formação, cegueira, surdez ou deficiência mental. A mulher ainda pode sofrer o aborto ou o feto pode vir a óbito durante a gestação ou no parto.
Diagnóstico e tratamento da doença
O diagnóstico da sífilis pode ser feito através de um teste rápido ou exames de sangue laboratoriais. Em caso positivo, o tratamento é realizado com antibióticos.
Os exames devem ser repetidos após o tratamento para assegurar a eliminação da bactéria, ainda que o indivíduo continue com o registro de exame positivo para sempre (cicatriz sorológica).
Como o melhor método de prevenção é o uso de preservativo durante as relações sexuais, as pessoas com múltiplos parceiros sexuais devem realizar testes periódicos para evitar que a doença avance para outros estágios.