Os sintomas do vírus Marburg que motivou reunião de urgência da OMS

As pessoas contaminadas no atual surto apresentaram febre, fadiga e vômito com sangue; veja outros sintomas da doença

15/02/2023 13:23

A doença do vírus Marburg, também conhecida como febre hemorrágica de Marburg, é uma doença contagiosa potencialmente fatal que causa sintomas semelhantes aos do Ebola.

Nesta semana, a OMS fez uma reunião de urgência para tratar sobre o vírus após confirmar um surto, com pelo menos nove mortes, na Guiné Equatorial.

O vírus faz parte da lista de patógenos prioritários da OMS, que de tempos em tempos atualiza os agentes que podem causar surtos ou pandemias para orientar o investimento global em pesquisas.

Vírus Marburg causa sintomas semelhantes aos do Ebola
Vírus Marburg causa sintomas semelhantes aos do Ebola - smartboy10/istock

Sinais e sintomas da doença do vírus Marburg

Endêmica na África Oriental e Central e associada à exposição a morcegos frugívoros, cavernas e minas, ou contato próximo com pessoas infectadas, a doença é altamente infecciosa e transmissível. O vírus é transmitido a partir do contato com fluidos corporais e objetos contaminados.

A confirmação do vírus Marburg é feita por meio de exames específicos, que incluem o RT-PCR
A confirmação do vírus Marburg é feita por meio de exames específicos, que incluem o RT-PCR - SyhinStas/istock

A incubação do vírus leva um período de 2 a 20 dias, e os sintomas podem incluir:

  • febre;
  • diarreia;
  • náuseas e vômitos;
  • dores musculares e de cabeça;
  • dor abdominal;
  • sintomas respiratórios superiores (tosse, dor torácica, faringite);
  • fotofobia;
  • icterícia;
  • sangramento do nariz, gengivas e vagina;
  • sangramento espontâneo em locais de punção venosa
  • inchaço dos linfonodos.

Vômitos e diarreia pode se manifestar rapidamente. Quando o vírus atinge o sistema nervoso central, a pessoa pode entrar em coma.

A infecção pelo vírus Marburg é uma condição de notificação obrigatória, e as pessoas com suspeita da infecção devem ser isoladas.

Ainda não existe tratamento específico para a doença e as taxas históricas de mortalidade chegaram a 88%.