Os sintomas da doença que é preocupação para as Olimpíadas 2024

Autoridades alertam sobre o aumento de casos de coqueluche na Europa, destacando a importância da vacinação para prevenir

Os sintomas da doença de coqueluche
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Os sintomas da doença de coqueluche

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento de casos de coqueluche na Europa, particularmente durante o primeiro semestre de 2024, destacando que “situação semelhante poderá ocorrer no Brasil dentro de pouco tempo”.

De acordo com o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), mais de 32 mil casos foram registrados nos três primeiros meses do ano, em comparação com os pouco mais de 25 mil casos registrados durante todo o ano passado.

A agência de saúde francesa Santé Publique confirmou uma situação epidêmica na França, com um aumento significativo dos casos de 1.400 em abril para 3.000 em maio.

Como a coqueluche afeta a saúde?

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda causada por uma bactéria que afeta principalmente o sistema respiratório.

Os sintomas incluem uma tosse intensa que pode durar semanas, sendo mais grave em bebês até seis meses de idade. A doença pode causar complicações sérias como infecções de ouvido, pneumonia, parada respiratória, desidratação, convulsões, lesões cerebrais e até óbito.

A transmissão ocorre por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar, com um alto potencial de contágio, onde uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 12 a 17 outras pessoas.

Quais os sintomas da coqueluche?

Estágio catarral (inicial)

  • Nariz escorrendo;
  • Febre baixa;
  • Tosse seca e persistente, que gradualmente piora;
  • Sensação geral de indisposição e fadiga.

Esses sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença.

Estágio paroxístico

  • Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada;
  • A tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração;
  • A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo;
  • Exaustão após os ataques de tosse.

Estágio de convalescença (recuperação)

  • Diminuição da tosse;
  • Recuperação lenta que pode levar semanas a meses, com tosse ocasional persistindo;
  • A duração dos sintomas varia entre seis e 10 semanas.

O que pode ser feito para prevenir a coqueluche?

A principal medida de prevenção contra a coqueluche é a vacinação. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B.

A vacinação é recomendada para crianças até seis anos, gestantes e profissionais de saúde. Além disso, é aconselhável que adolescentes e adultos se revacinem a cada dez anos, pois a imunização não é permanente.

Manter as coberturas vacinais em dia é crucial para prevenir surtos da doença. Recentemente, a cobertura vacinal contra coqueluche no Brasil tem diminuído, com um índice de 77% em 2022, o que aumenta a vulnerabilidade da população.