Suplemento alimentar comum reduz comportamentos agressivos em 30%
Estudo conclui que o suplemento reduz a agressividade reativa (respostas impulsivas a provocações) e a agressividade proativa (comportamentos planejados)
Os suplementos de óleo de peixe ricos em ômega-3 são amplamente conhecidos por seus benefícios à saúde do coração. No entanto, um novo estudo da Universidade da Pensilvânia (Penn) revelou que esses suplementos também podem reduzir comportamentos agressivos, independentemente da idade ou do sexo. Os pesquisadores sugerem que a suplementação de ômega-3 pode ser uma estratégia eficaz para diminuir a violência, desde ambientes escolares até o sistema prisional.
O estudo foi publicado na revista Aggression and Violent Behavior e reforça a importância da nutrição na saúde mental e no comportamento social.
Ômega-3 e a redução da agressividade
O estudo analisou 29 ensaios clínicos randomizados e concluiu que o ômega-3 reduz a agressividade reativa (respostas impulsivas a provocações) e a agressividade proativa (comportamentos planejados). A suplementação apresentou um efeito modesto de curto prazo, com uma redução de até 30% nos comportamentos agressivos.
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Evidências científicas
A relação entre ômega-3 e comportamento violento já era observada há anos. Em 2001, um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos EUA apontou que populações com alto consumo de peixe apresentavam menores taxas de homicídio. Em 2002, uma pesquisa da Universidade de Oxford mostrou que presidiários britânicos que receberam suplementos nutricionais contendo ômega-3 demonstraram menos comportamento antissocial e violento.
Mecanismos de ação do ômega-3
Os cientistas acreditam que o ômega-3 impacta positivamente a função cerebral, regulando neurotransmissores, a expressão genética e reduzindo inflamações cerebrais. Como o comportamento agressivo possui uma base neuroquímica e cognitiva, a suplementação pode ajudar na regulação desses mecanismos.
Embora mais estudos sejam necessários para avaliar os efeitos a longo prazo, os pesquisadores defendem que o ômega-3 seja utilizado em conjunto com tratamentos psicológicos e psiquiátricos, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e medicamentos específicos. Como o suplemento é seguro, barato e amplamente disponível, não há contraindicações significativas para sua inclusão na dieta, inclusive para crianças.