Estudo aponta um suplemento que pode aumentar risco de infarto

O estudo descobriu que aqueles que consumiam o suplemento regularmente tinham maior predisposição a infarto e AVC

23/05/2024 13:33

Suplemento que pode aumentar risco de infarto, segundo estudo
Suplemento que pode aumentar risco de infarto, segundo estudo - iStock/yodiyim

Os suplementos de óleo de peixe, amplamente conhecidos por sua riqueza em ômega 3, sempre foram considerados aliados da saúde cardiovascular.

No entanto, novas investigações sugerem que a realidade pode ser mais complexa do que se pensava anteriormente.

Quem corre risco de ter infarto?

Um estudo, publicado na revista científica BMJ Medicine, trouxe à tona uma descoberta alarmante: a ingestão regular de suplementos de óleo de peixe poderia, na verdade, aumentar o risco de eventos cardiovasculares adversos.

Isso inclui doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais, entre indivíduos inicialmente saudáveis.

Utilizando dados de mais de 400 mil participantes do Biobank do Reino Unido, investigadores observaram que, durante um acompanhamento de 12 anos, aqueles que consumiam óleo de peixe regularmente apresentavam maior predisposição para desenvolver fibrilação atrial e AVCs.

Contraste nos resultados para pacientes com problemas cardiovasculares

Curiosamente, o panorama muda quando consideramos indivíduos com histórico de problemas cardiovasculares.

Para esses pacientes, o consumo contínuo dos suplementos aparentou um efeito protetor, reduzindo o avanço de condições como fibrilação auricular e insuficiência cardíaca.

Essa dualidade nos efeitos dos suplementos de óleo de peixe destaca a complexidade da medicina nutricional e a necessidade de personalização na abordagem terapêutica.

Relação entre óleo de peixe e infarto
Relação entre óleo de peixe e infarto - iStock/sasirin pamai

Como os fatores individuais influenciam os efeitos do suplemento?

Fatores como idade, gênero, tabagismo, dieta e hipertensão desempenham papéis cruciais nas diferentes respostas ao consumo de óleo de peixe. Ou seja, o impacto desses suplementos pode variar significativamente de pessoa para pessoa.

O estudo aponta para um panorama mais amplo, onde a decisão de incluir suplementos na dieta deve ser cuidadosamente considerada e discutida com profissionais de saúde, levando em conta o histórico médico individual e o estilo de vida.

Quais são os próximos passos dos cientistas?

Apesar dos achados significativos, os autores do estudo ressaltam a necessidade de mais pesquisas para entender completamente os mecanismos pelos quais o óleo de peixe interage com o sistema cardiovascular.

Enquanto isso, consumidores e profissionais da saúde devem considerar com cautela a eficácia e segurança desses suplementos, equilibrando os benefícios conhecidos com os riscos emergentes.

A descoberta desafia a visão tradicional do óleo de peixe como um suplemento inofensivo e universalmente benéfico, reforçando a importância da personalização no tratamento médico e na orientação nutricional.

À medida que novas pesquisas forem realizadas, poderemos obter diretrizes mais precisas e efetivas para o uso de suplementos de óleo de peixe, garantindo que os benefícios superem os riscos para cada paciente.

Quais são os primeiros sinais de um infarto?

  • Dor no peito: uma dor ou desconforto no centro do peito, que pode durar mais de alguns minutos ou ir e vir. A sensação pode ser de pressão, aperto, queimação ou dor intensa.
  • Desconforto em outras áreas do corpo: a dor pode irradiar para os ombros, braços, costas, pescoço, mandíbula ou estômago. Muitas vezes, o braço esquerdo acaba sendo mais afetado.
  • Falta de ar: pode ocorrer com ou sem dor no peito. A sensação pode ser de dificuldade para respirar ou respiração ofegante.
  • Suor frio: suar excessivamente sem razão aparente é um sinal comum de infarto.
  • Náusea ou vômito: algumas pessoas podem sentir desconforto estomacal, náusea ou até vomitar.
  • Tontura ou desmaio: sentir-se tonto, fraco ou até desmaiar pode ser um sinal de que o coração não está bombeando sangue de forma eficiente.
  • Fadiga: sentir-se extremamente cansado ou exausto, mesmo sem fazer esforço físico, pode ser um sintoma, especialmente em mulheres.

É importante lembrar que os sintomas podem variar entre homens e mulheres. As mulheres, por exemplo, são mais propensas a apresentar sintomas atípicos, como dor nas costas ou mandíbula, náusea e fadiga extrema.

Se você ou alguém ao seu redor apresentar esses sinais, é crucial procurar atendimento médico imediatamente, pois a intervenção rápida pode salvar vidas.