SUS terá primeiro medicamento para demência associada ao Parkinson

Até agora, não havia tratamento medicamentoso disponível no SUS para casos de pacientes com doença de Parkinson e demência

25/06/2024 21:15

Pacientes que vivem com a doença de Parkinson terão uma nova opção de tratamento no SUS (Sistema Único de Saúde).

Na última sexta-feira, (21), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da rivastigmina. Este medicamento é atualmente o único aprovado no Brasil para o tratamento de pacientes com Parkinson associado a demência.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou positivamente a rivastigmina, destacando sua eficácia no controle dos sintomas cognitivos da doença.

Aproximadamente 30% dos pacientes com Parkinson desenvolvem demência, e até agora, não havia tratamento medicamentoso disponível no SUS para esses casos.

A demência associada ao Parkinson resulta em lentidão cognitiva, problemas de atenção e memória, além de alucinações, delírios e apatia.

SUS incorpora novo medicamento para pacientes com Parkinson
SUS incorpora novo medicamento para pacientes com Parkinson - HighwayStarz/DepositPhotos

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente o movimento, mas também pode ter efeitos em outras funções do corpo.

Ela ocorre devido à degeneração e morte das células nervosas (neurônios) em uma parte específica do cérebro chamada substância negra. Esses neurônios são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor crucial para a coordenação dos movimentos.

As causas do Parkinson são provavelmente uma mistura de fatores genéticos e ambientais ou outros fatores desconhecidos.

Quais os sintomas de Parkinson?

Sintomas motores:

  • Tremor: um dos sinais mais característicos, geralmente começa nas mãos ou dedos, mesmo quando estão em repouso.
  • Rigidez muscular: a rigidez ou resistência ao movimento afeta muitas partes do corpo, resultando em dor e limitação dos movimentos.
  • Bradicinesia: lentidão dos movimentos, tornando as tarefas simples mais difíceis e demoradas.
  • Instabilidade postural: problemas com o equilíbrio e a postura, aumentando o risco de quedas.

Sintomas não motores:

  • Problemas cognitivos: incluem dificuldades com memória, concentração e pensamento, podendo progredir para demência em alguns casos.
  • Depressão e ansiedade: transtornos de humor são comuns entre pessoas com Parkinson.
  • Distúrbios do sono: insônia, sonolência diurna excessiva e outros problemas relacionados ao sono.
  • Perda ou redução do olfato.
  • Constipação, disfunção urinária, problemas de pressão arterial e disfunção sexual.

Quais os fatores e risco para o Parkinson?

  • Idade: a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 60 anos.
  • Histórico Familiar: ter um parente próximo com Parkinson pode aumentar o risco.
  • Sexo: homens são mais propensos a desenvolver Parkinson do que mulheres.
  • Exposição a toxinas: exposição prolongada a certos herbicidas e pesticidas pode aumentar o risco.
  • Traumas e golpes na cabeça, como no caso de boxeadores,  aumentam o risco de desenvolver Parkinson.

Quais os tratamentos para o Parkinson?

Atualmente, o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson.

Os principais objetivos do tratamento para a doença são deter a progressão e diminuir os sintomas.