Terapia ECMO: entenda o tratamento utilizado por Paulo Gustavo
Técnica utilizada em casos graves de covid-19 e outras infecções não é ofertada pelo SUS
Internado no Rio de Janeiro com covid-19, o ator e humorista Paulo Gustavo enfrentou na sexta-feira, 2, um agravamento no estado de saúde, com piora da função pulmonar. Diante do quadro delicado, os médicos fizeram alguns ajustes no tratamento, um deles foi a introdução da técnica ECMO.
A ECMO (Oxigenação por membrana extracorporal) é uma técnica geralmente utilizada em pacientes com falência cardiovascular ou pulmonar. Consiste na utilização de uma bomba para fazer circular o sangue de um pulmão artificial, que fica fora do corpo, regressando depois à corrente sanguínea.
A técnica não substitui a função do pulmão do paciente, mas fornece um fluxo de ar para o interior deles.
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Além de casos de covid-19 e outras infecções graves, a ECMO também pode ser utilizada em pós-operatório de cirurgia cardíaca, doenças pulmonares e quadros de insuficiência cardíaca.
O tratamento, infelizmente, não é ofertado pelo SUS para casos de doenças respiratórias. E poucos conseguem ter acesso a essa terapia porque o preço médio por dia é de R$ 30 mil e muitos planos de saúde não a cobrem.
Além disso, a técnica é relativamente nova no Brasil, tem cerca de 10 anos, e nem todos os centros médicos a dominam. De acordo com a sociedade internacional Extracorporeal Life Support Organization (Elso), que reúne os locais que fazem uso da terapia, apenas 21 centros de saúde oferecem a ECMO no país.
No caso de Paulo Gustavo, o tratamento tem gerado bons resultados. De acordo com o último boletim médico divulgado pela equipe do humorista nesta segunda-feira, 5, ele está reagindo bem ao tratamento e tem “sinais de evolução progressiva que geraram otimismo na equipe médica”.
Paulo Gustavo foi internado no dia 13 de março e intubado no dia 21. O ator sofre de asma, uma doença respiratória, ele faz parte do grupo de risco da doença.