Terapia tem impacto positivo no cérebro de pessoas ansiosas

Pesquisadores identificaram ganhos consideráveis no tratamento contra a ansiedade

04/08/2024 21:31

Terapia ajuda pessoas ansiosas a ter uma forma mais equilibrada e realista de encarar seus medos – iStock/Getty Images
Terapia ajuda pessoas ansiosas a ter uma forma mais equilibrada e realista de encarar seus medos – iStock/Getty Images - skynesher/istock

Relatório conduzido pelo American Journal of Psychiatry revela que a terapia bem-sucedida pode gerar alterações positivas no cérebro de adolescentes com transtorno de ansiedade

O experimento envolveu sessenta e nove participantes, com uma média de idade de 12,8 anos, diagnosticados com espectro de ansiedade generalizada, ansiedade social e/ou transtorno de ansiedade de separação.

Na primeira etapa do experimento, os pesquisadores realizaram exames de ressonância magnética funcional em seus cérebros antes e depois da terapia cognitivo-comportamental (TCC). Eles foram comparados a um grupo de controle da mesma faixa etária, que não apresentava sintomas de ansiedade.

Ao fim do período de observação, os pesquisadores identificaram que a hiperatividade nas áreas frontoparietais do cérebro dos participantes foi normalizada após o tratamento.

O que é a terapia que ajuda pessoas ansiosas?

A terapia cognitivo-comportamental diz respeito à mudança de pensamentos e comportamentos problemáticos que alimentam a questão que a pessoa deseja mudar. 

O aspecto comportamental da TCC geralmente envolve exposições – confronto com situações que as pessoas temem.

Em outras palavras, as pessoas aprendem a questionar pensamentos catastróficos e a ter uma forma mais equilibrada e realista de encarar seus medos.

Os especialistas acreditam que esta peça comportamental é importante porque as pessoas aprendem com a experiência direta que seus medos não se tornarão realidade.

Contribuição do estudo 

Ter uma melhor compreensão de como o cérebro responde a tratamentos como a TCC pode ajudar a levar a avanços na terapia. Isso pode possibilitar uma compreensão melhor sobre quais aspectos do tratamento têm o impacto mais significativo no funcionamento do cérebro.

Além disso, estudos como este podem dar mais credibilidade a tratamentos como a TCC e quebrar a resistência que algumas pessoas ainda possam ter.