Teste durante caminhada prevê envelhecimento cerebral
Segundo os pesquisadores, determinado comportamento durante a caminhada pode significar um risco aumentado de desenvolver demência no futuro
Uma nova pesquisa, publicada na revista Lancet Healthy Longevity, revelou um comportamento que pode ser sinal de envelhecimento cerebral acelerado ou condição neurodegenerativa. Segundo os cientistas, é possível observar esse sinal durante uma simples caminhada.
A pesquisa sugere que a dificuldade de andar enquanto fala em uma idade mais jovem pode prenunciar problemas de cognição no futuro.
Segundo os autores do estudo, esse comportamento ocorre comumente por volta dos 55 anos.
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
Resultados do estudo
Curiosamente, os resultados mostraram que um declínio na capacidade de andar e falar ao mesmo tempo parecia não refletir mudanças na função física, mas sim mudanças na cognição e na saúde do cérebro.
Essas observações surgiram de um estudo com 996 pessoas, das quais 640 tiveram que completar avaliações cognitivas e de marcha.
A idade dos participantes variou entre 40 e 64 anos.
Os pesquisadores observaram que a capacidade de andar em condições normais e silenciosas permaneceu relativamente estável nessa faixa etária.
No entanto, quando aos participantes tiveram que caminhar e ao mesmo tempo realizar uma tarefa aritmética mental, os cientistas observaram mudanças sutis, mas importantes, na marcha.
Os médicos explicaram que, em comparação com caminhar silenciosamente, caminhar em condições de dupla tarefa adiciona estresse ao sistema de controle motor.
Isso ocorre porque as duas tarefas competem por recursos compartilhados do cérebro.