Tipo de sangue pode estar associado a comportamento suicida, diz estudo
Teste envolvendo quase 200 participantes identificou novos caminhos sobre o tema
Estudo publicado pela conceituada revista Nature revelou a existência de um método científico capaz de identificar perfis com maior risco de comportamento suicida, levando em conta marcadores biológicos no sangue.
Para isso, foi realizado um teste com quase 200 participantes, onde metade dos quais tinha transtorno depressivo grave e ideação suicida, e metade dos quais não tinha – a precisão do diagnóstico foi de cerca de 90%.
O resultado levou em conta marcadores de produção de energia nas células do corpo: cinco metabólitos nos exames de sangue de participantes do sexo feminino e cinco ligeiramente diferentes nos homens.
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Tipo de sangue x Comportamento suicida
O que se concluiu foi que indivíduos selecionados com transtorno depressivo mais resistente ao tratamento pronunciaram deficiências consideráveis em metabólitos sanguíneos como:
- carnitina: desempenha um papel na produção de energia celular;
- CoQ10: converte alimentos em energia;
- ácido fólico: regula expressão genética;
- citrulina: auxilia na remoção de toxinas como a amônia;
- vitamina D: ligada à absorção de cálcio;
- luteína: tem propriedades anti-inflamatórias.
Entretanto, os cientistas são enfáticos ao ponderar que nenhum desses metabólitos pode reverter completamente a depressão de alguém.
O que as evidências mostram é que pode haver cenários capazes de empurrar o metabolismo para um tratamento mais eficaz no contexto do suicídio – evitando que as pessoas ultrapassem esse limiar.
Por outro lado, pessoas com ideações suicidas apresentam biomarcadores como o ácido láctico e o fator de crescimento de fibroblastos 21 (FGF21), ligados ao estresse mitocondrial, elevados.
Embora os sintomas do transtorno depressivo maior (TDM) sejam principalmente psicológicos, na última década, as
Ambas as condições apresentam estados inflamatórios crônicos subjacentes.
Dado que os tratamentos clínicos para a depressão não funcionam para todas as pessoas, muitos cientistas estão agora estudando marcadores inflamatórios na esperança de encontrar novos alvos para medicamentos.